Garantidor da independência

CNJ deve zelar pela autonomia do Judiciário, diz Britto

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14 de novembro de 2012, 15h35

O presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministro Ayres Britto, afirmou, na terça-feira (13/11), que o CNJ precisa assumir o papel de garantidor da independência do Judiciário, no sentido político, administrativo, orçamentário, financeiro e remuneratório. “É chegada a hora de o CNJ desempenhar o papel que lhe impõe a Constituição como a primeira de suas funções: zelar pela autonomia do Poder Judiciário”, enfatizou  Ayres Britto, durante a última sessão plenária por ele presidida à frente do CNJ. Segundo ele, o Judiciário precisa ter coragem “para assumir a soberania que lhe cabe, de independência, para vetar os comportamentos antijurídicos e chancelar os retilíneos”.

Esta foi a última sessão do ministro na presidência do Conselho que se aposentará ao completar 70 anos no próximo domingo (18/11). Em seu discurso de despedida, Ayres Britto afirmou que o Judiciário, por ser o Poder que evita o desgoverno, é hoje o mais exigido pela população e o menos perdoado.

O ministro lembrou que o CNJ é um órgão que integra o Poder Judiciário e deve ser visto como solução, para dar conteúdo e unidade aos órgãos da Justiça que formam um verdadeiro continente. Ele destacou a importância da função correcional do Conselho, que foi recentemente fortalecida com o julgamento de sua Resolução 135/2011, pelo STF. “Estamos inaugurando eras, quebrando paradigmas, enterrando ideias mortas. Não vamos procurar na prateleira do obscurantismo o formol”, afirmou, referindo-se ao que classifica como novo Judiciário, mais moderno e aberto à sociedade.

O ministro Ayres Britto tomou posse no dia 19 de abril deste ano. A partir do próximo dia 22, o ministro do STF Joaquim Barbosa assume a presidência do CNJ e do STF. Com informações da Assessoria de Imprensa do CNJ.

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