Memorial da Anistia

Arquivos da ditadura militar serão digitalizados

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5 de novembro de 2012, 17h30

Documentos sobre a ditadura militar no Brasil, que estão em Roma (Itália), serão digitalizados e integrarão o futuro centro de documentação do Memorial da Anistia. A sociedade brasileira, em breve, poderá consultar esses arquivos graças ao acordo firmado pela Comissão de Anistia, do Ministério da Justiça, com o embaixador do Brasil na Itália, José Viegas, e a presidente da Fundação Lelio e Lisli Basso, Elena Paciotti.

O presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, avalia que a iniciativa da Comissão da Anistia e da Fundação Lelio e Lisli Basso, com auxílio importante do Itamaraty, reforça a política brasileira de transparência e de defesa dos direitos humanos. “É um passo a frente para afirmar o Memorial da Anistia como espaço de preservação da memória a partir da narrativa e testemunho das vítimas. O acervo será inteiramente disponibilizado para toda a sociedade brasileira", garante.

O contrato para executar o projeto de digitalização do acervo referente ao período da ditadura militar que está na Itália foi assinado no dia 11 de outubro. Serão digitalizadas cerca de 70 mil páginas, que incluem documentos referentes ao Tribunal Russell II, ao I Congresso Nacional da Comissão Brasileira pela Anistia, realizado em São Paulo em 1978, e ao Tribunal Permanente dos Povos, importante instrumento de defesa dos direitos dos povos criado por Lelio Basso, referente ao Brasil e à América Central.

O projeto prevê também a recuperação de material audiovisual (fotografias e vídeos), a realização de pesquisas e a reedição de livros sobre o período histórico a serem publicados por meio do projeto Marcas da Memória, da Comissão de Anistia. Com informações da Assessoria de Imprensa do Ministério da Justiça.

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