Inclusão insuficiente

Faculdade de Direito da USP recomenda cotas raciais

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31 de maio de 2012, 21h29

A Faculdade de Direito do Largo São Francisco aprovou, em reunião realizada na tarde desta quinta-feira (31/5), uma recomendação ao Conselho Universitário da USP para que adote as cotas raciais, sociais e para deficientes físicos. Com isso, o Conselho Universitário irá discutir o tema, mas não é possível prever quando ele entrará na pauta. Representantes do movimento negro participaram da reunião, expondo problemas da exclusão racial. As informações são do site do jornal Estado de S. Paulo e do portal IG.

Atualmente, a USP concede bônus para alunos de escolas públicas no vestibular. No ano passado, foram feitas mudanças no sistema e o percentual de estudantes oriundos da rede pública aumentou para 28,03% do total de vagas, contra 25,84% no ano anterior.

“O sistema de inclusão adotado na USP não foi suficiente para alterar a profunda desigualdade entre brancos e negros no acesso aos seus cursos”, disse o representante da organização Uneafro, Cleyton Borges.

Segundo o professor Marcus Oriene, do departamento de Direito de Trabalho, a discussão começou em 2008, quando o atual reitor da USP João Grandino Rodas era diretor da unidade. Após conflitos dentro da universidade entre movimentos sociais e a polícia militar, a faculdade criou uma comissão para discutir a inclusão social na USP.

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