Defesa da advocacia

MDA também sai em defesa de Márcio Thomaz Bastos

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28 de maio de 2012, 14h42

O Movimento da Defesa da Advocacia divulgou, nesta segunda-feira (28/5), nota em que cumprimenta o presidente da OAB de São Paulo, Luiz Flávio Borges D’Urso, pelo comunicado intitulado “Em defesa da defesa”, divulgado no último domingo (27/5).

No comunicado, D’Urso rebate as críticas feitas ao ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, por ter o contraventor Carlinhos Cachoeira como cliente. “O fato de o advogado Márcio Thomaz Bastos ter sido Ministro da Justiça, não lhe impede de agora advogar livremente, sem qualquer restrição legal, aliás, o que já ocorre com inúmeros outros colegas que ocuparam postos e cargos de destaque na política nacional”, afirmou.

Já a nota do MDA, assinada por seu presidente, Marcelo Knopfelmacher, destaca que “a incompreensão, por parte do inconsciente coletivo, a respeito da figura do Advogado — que não pode jamais ser confundido com seu cliente – é mácula que precisa ser superada em um verdadeiro Estado Democrático de Direito, sendo de rigor cultivar, no seio da sociedade, a ideia de que sem defesa não há processo; e sem processo não há justiça.”

A atividade de Cachoeira e sua relação com diversos políticos, como o senador Demóstenes Torres, motivou a criação de uma CPMI, instalada há pouco mais de um mês, em 25 de abril.

“Condenações públicas antecipadas somente podem vir ao encontro de interesses de setores da mídia sensacionalista e inconveniente, que atiçam no cidadão comum a vontade de presenciar punição a qualquer custo, sem se aperceber de que a supressão do direito de defesa corrói uma sociedade que pretende ser democrática e é tão grave ou ainda mais, em termos sociais, do que o próprio delito supostamente cometido”, conclui Knopfelmacher.

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