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Britto diz que Lula precisa ser ouvido sobre encontro com Gilmar Mendes

28 de maio de 2012, 21h55

Por Redação ConJur

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O presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, afirmou nesta segunda-feira (28/5) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa ser ouvido sobre o encontro que teve com o ministro do STF Gilmar Mendes, no qual teria pressionado o magistrado para adiar o julgamento do processo do mensalão.

“Foi um diálogo protagonizado por três agentes, três pessoas. Dois desses agentes já falaram”, disse, lembrando que Mendes e o ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, se pronunciaram. “Dois já explicitaram sua interpretação dos fatos. Ouçamos o terceiro”, complementou.

Britto, porém, não respondeu se a polêmica fará com que o tribunal agilize o julgamento do mensalão. Disse apenas que “chegou a hora de julgar” e “que o processo está maduro para entrar em pauta”.

“Na minha opinião, o que a sociedade quer, o que a imprensa pede é compreensível. É o julgamento do processo. Sem predisposição seja para condenar, seja para absolver.”

Por fim, ressaltou que apenas aguarda a conclusão do trabalho do ministro Ricardo Lewandowski, responsável pela revisão do processo. “Estou preparado para ultimar a logística, a formatação do julgamento e, tão logo o revisor disponibilize o processo para a pauta de julgamento, farei a publicação devida no Diário da Justiça e darei, junto com os outros ministros, início ao julgamento”. Com informações da Agência Brasil.