Vencimentos baixos tornam Judiciário pouco atraente
10 de maio de 2012, 17h42
“O Poder Judiciário sofre um processo de desprofissionalização, com perda de quadro para outras carreiras mais atrativas financeiramente”. A avaliação do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Ayres Britto, dá o tom das reuniões entre ele e os demais presidentes dos tribunais superiores.
Na última terça-feira (8/5), Ayres Britto encontrou-se com os presidentes do Superior Tribunal de Justiça, ministro Ari Pargendler, e do Tribunal Superior do Trabalho, ministro João Oreste Dalazen. Em pauta estava a articulação de negociações sobre os vencimentos dos juízes e dos servidores do Poder Judiciário.
Depois dessas reuniões, o presidente do STF afirma que pretende “sair a campo” para retomar as negociações com o Legislativo “de forma focada”, com base em dados técnicos fornecidos pelo Conselho Nacional de Justiça. "A ideia é desenvolver regulamentação uniforme para toda a Justiça, depois de ouvidos os ministros do STF, os Tribunais Superiores, o CNJ e as associações de classe", afirmou o presidente do CNJ.
Atualmente, o chamado plano de carreira do Judiciário é objeto do Projeto de Lei 6.613/2009, na pauta da Comissão de Finanças da Câmara dos Deputados. Ele altera dispositivos da Lei 11.416/2006, último instrumento a regular as carreiras dos servidores do Judiciário e a fixar vencimentos. Com informações da Agência CNJ de Notícias.
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