Processo de impeachment

Senado paraguaio destitui Lugo por "mau desempenho"

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23 de junho de 2012, 17h51

O Senado do Paraguai destituiu na última sexta-feira (22/6) o presidente Fernando Lugo, 61, sob a alegação de “mau desempenho das funções”. O processo foi aprovado por 39 votos a 4 pela Casa, que tem 45 cadeiras. As informações são do jornal Folha de S.Paulo e da Agência Brasil.

Segundo a acusação, houve “negligência e inaptidão” por parte de Lugo no confronto entre camponeses e policiais em Curuguaty, no dia 15 de junho, quando 17 pessoas morreram.

A  defesa, que contestou no Supremo paraguaio a constitucionalidade do impeachment, classificou o ato de “golpe de Estado” e afirmou que o processo foi “vergonhoso” e que temia o “isolamento” do país.

Em comunicado, o secretário-geral da Unasul (união de Nações Sul-Americanas), Ali Rodriguez, afirmou que a entidade pode interromper a cooperação com o Paraguai.

Para o deputado Salym Buzzarouis, do PLRA (Partido Liberal Radical Autêntico), o processo foi legal e o comparou ao impeachment de Fernando Collor. “Aqui não há nenhum golpe, foi tudo 100% constitucional. Se um julgamento político é golpe de Estado, então os parlamentares [do Brasil], em 1992 já fizeram um golpe de Estado”, disse.

Em cadeia nacional, Lugo criticou seus opositores. “Estou disposto a responder com meus atos”, afirmou. “Que os executores [do impeachment] saibam da gravidade de seus atos”, disse.

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