Dados de 2011

Agressões psicológicas a idosos predominam

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16 de junho de 2012, 13h39

Dados da Defensoria Pública do Distrito Federal revelam que a maioria dos casos de violência contra idosos é de natureza psicológica (53%), seguidos de negligência (33%) e exploração financeira (30%). A Defensoria Pública atendeu 336 casos de violência contra idosos no DF em 2011. Desse total, 66% foram agredidos pelos filhos, o que corresponde a 224 casos. As mulheres idosas são as que mais sofrem agressões (67,4%).

Nesta sexta-feira (15/6), a Defensoria promoveu, na Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, mutirão para oferecer orientação a idosos que sofreram algum tipo de violência. O mutirão faz parte das ações de comemoração ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Idoso da Defensoria Pública e também presidente do Conselho do Idoso, Paula Regina Ribeiro, o quadro é o mesmo nos últimos seis anos. “Ao longo desse período, não houve políticas públicas de combate à violência contra o idoso”, disse.

Para a psicóloga Fernanda Braga, da Central Judicial do Idoso do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, a classe econômica não é relevante nos casos de violência contra o idoso. "Não importa a renda do idoso, a violência acontece do mesmo jeito", disse. Segunda a pesquisa, a renda de 34% dos idosos que sofreram algum tipo de violência é de até um salário mínimo e 21% recebem mais que cinco salários mínimos.

Em relação à violência sexual, Fernanda acredita que o assunto ainda é tabu entre os idosos. "Apesar de a violência sexual ficar entre os últimos lugares da pesquisa, os dados não mostram a realidade. Os idosos não têm coragem de denunciar os agressores", disse Braga. Com informações da Agência Brasil.

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