POLÍTICA EM PAUTA

“Sociedade aceitou bem a marcação do julgamento”

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9 de junho de 2012, 12h43

Em declaração reproduzida pelo jornal O Estado de S. Paulo deste sábado (9/6), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, disse que a sociedade está de acordo com o fato de o julgamento do mensalão ocorrer justo em pleno período eleitoral.

"A sociedade aceitou bem a marcação [do início dos trabalhos de julgamento].Sete anos se passaram. Dois ministros vão se aposentar. Ano eleitoral. Risco de prescrição”, declarou.

Britto também saiu em defesa do cronograma estabelecido para julgar o exaustivo processo. Serão 5 horas diárias para ouvir os advogados . Ao contrário das críticas de alguns dos criminalistas que falarão, no púlpito, aos ministros, o presidente do STF acredita que a forma como as sustentações serão organizadas possibilitará que os colegas prestem a atenção devida ao que será dito pelos advogados.

Ayres Britto disse ainda que a corte não irá para pois o STF saberá priorizar qualquer processo que necessite ser julgado antes. O ministro também disse acreditar que o colega, ministro Cezar Peluso, chegará a votar. Peluso se aposenta compulsoriamente no início de setembro, aos 70 anos.

Coube ao ministro Marco Aurélio Mello, contudo, ironizar as declarações do secretário nacional de Comunicação do PT, André Vargas, que disse que o STF curvou-se à pressão da opinião pública para antecipar o julgamento. "Vamos atribuir isso ao direito de espernear", disse Marco Aurélio.

"O Supremo não sucumbiu a qualquer pressão popular. A equidistância é uma regra. Esta é uma visão apaixonada do secretário do PT. Não houve pressão. O Supremo não está sujeito a ingerência. A cadeira vitalícia (de ministro) é justamente para cada qual atuar com sua consciência e ciência," disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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