Economia escrava

Mundo tem 21 milhões de vítimas de trabalho forçado

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1 de junho de 2012, 17h34

Cerca de 21 milhões de pessoas são vítimas de trabalho forçado no mundo. Estudo feito pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que 20,9 milhões estão presas em empregos impostos por meio de coação ou de engano e dos quais não podem sair. A maioria são mulheres, que representam 55% do total, com 11,4 milhões de vítimas estimadas.

As vítimas da exploração sexual forçada são 22% do total de pessoas submetidas a trabalho forçado. O trabalho relacionado ao sexo tem “forte vínculo” com os deslocamentos entre fronteiras, aponta o estudo. As estimativas são de que 9,1 milhões das pessoas (44%) que são vítimas de trabalhos forçados se deslocaram, dentro do seu país, ou para o exterior.

Os principais setores nos quais há a exploração deste tipo de mão de obra são agricultura, construção civil, trabalho doméstico e indústrias, entre os quais se dividem 68% das vítimas.

Além destes setores, ligados à economia privada, 2,2 milhões (10%) das vítimas são vítimas de trabalho forçado imposto pelo Estado, como por exemplo, em prisões — violando as normas da OIT — ou imposto por forças armadas rebeldes ou exércitos nacionais.

A concentração de vítimas de trabalhos forçados é maior no centro e no sudeste europeu, que têm a marca de 4,2 vítimas de trabalho forçado para cada mil habitantes. A menor concentração fica na zona do Euro, com a relação de 1,5 vítimas desse tipo de trabalho para cada mil habitantes. A América Latina e o Caribe têm a taxa de 3,1 para mil habitantes.

A faixa etária dos trabalhadores também é uma preocupação levantada pelo estudo. Das 20,9 milhões pessoas, 5,5 milhões estão abaixo dos 18 anos.

Clique aqui para ler o estudo na íntegra (em inglês).

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