O banco cobrou uma espécie de "sobretaxa racial", segundo definição de Thomaz Peres. "Se você era um cliente afro-americano ou latino, você pagava mais por um empréstimo do que pagava um cliente branco com a mesma qualificação para obter crédito, por causa da cor de sua pele ou de sua nacionalidade de origem", ele afirmou.
Os advogados do Departamento de Justiça declararam que o dinheiro vai ser usado para compensar as vítimas da discriminação em 34 estados e no Distrito de Colúmbia. Mais de 20 mil pessoas negras e latinas foram "sobretaxadas" pelo banco, segundo o Departamento de Justiça, o que indica que o acordo saiu barato para o banco. Em dois anos e meio de investigações das operações do banco, no período de 2005 a 2009, foram pesquisados cerca de 850 mil documentos e dados, a maior parte deles relacionados a financiamentos da casa própria, informam as publicações.
Se a fraude não fosse descoberta, esses clientes, que já foram seriamente prejudicados pela queda significativa do valor dos imóveis residenciais no país, pagariam alguns milhares de dólares a mais pelos financiamentos de suas casas. Mas, o SunTrust prometeu corrigir sua falha e, segundo o advogado-geral, implementou nova política de empréstimos e financiamentos habitacionais, que assegura a ausência de discriminação de qualquer tipo nas atuais e futuras operações.