República dos bachareis

Advocacia é segmento com maior influência na mídia

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14 de julho de 2012, 14h21

A advocacia é segmento profissional o mais influente na comunicação nacional. Essa é a  conclusão que se pode tirar ao analisar a pesquisa feita pelo jornal Folha de S.Paulo sobre seus leitores. Entre aqueles que leem o jornal com a segunda maior tiragem no país todos os dias, 15% são formados em Direito, o que corresponde ao maior segmento identificado. Depois dos bacharéis em Direito, estão os formados em Administração, que somam 12% do público. Os números foram divulgados pelo editor-executivo da Folha, Sérgio Dávila, durante o 7º Congresso Internacional de Jornalismo da Abraji.

Os bachareis em Direito, porém, não estão atuando necessariamente no mercado da advocacia. Questionados sobre a profissão exercida, apenas 6% dos leitores do periódico relataram ser advogados. A maior parte (17%) disse trabalhar como executivo ou gerente. Outros 11% dos leitores relataram trabalhar em escritórios ou bancos.

O número de leitores não espelha a população em geral. O último levantamento feito pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, em 2008, apontava cerca de 570 mil profissionais da advocacia, número muito aquém da quantidade de administradores titulados estimados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) em 2007: cerca de 1,5 milhões.

Mesmo numericamente inferiores em quantidade de profissionais, a supremacia dos advogados no mundo da informação também é visível no ambiente virtual: eles detêm 36% de todos os domínios de internet registrados  por profissionais liberais no Brasil. Os sites terminados em “adv.br” somam 19,5 mil, superando com facilidade os domínios registrados por engenheiros, por exemplo, que ficam em segundo lugar, com 6,6 mil sites registrados.

Os profissionais do Direito, incluídos pelo IBGE  o grupo de “atividades jurídicas, de contabilidade e de pesquisas de mercado e opinião pública”, ocupavam a 44ª posição no ranking de quantidade de profissionais segundo o Censo 2000. A posição tende a ficar mais próxima do topo nos próximos anos, uma vez que a procura por cursos de Direito mantém um crescimento acima dos demais cursos de ensino superior, segundo dados do INEP.

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