Videla e Bignone

Ex-presidentes argentinos são condenados a perpétua

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5 de julho de 2012, 22h16

Os ex-presidentes da Argentina Jorge Rafael Videla e Reynaldo Bignone foram condenados, respectivamente, a 50 e 15 anos de prisão em regime fechado, por subtração de bebês durante a ditadura militar na Argentina. A estimativa é que mais de 100 crianças, filhas de prisioneiras grávidas durante o regime militar, tenham sido entregues para adoção a militares ou policiais entre 1976 e 1983.

As decisões foram proferidas pelo Tribunal Federal Oral 6. Além de Videla e Bignone, também foram condenados o ex-almirante Antonio Vanek (40 anos), o ex-capitão da Marinha Jorge El Tigre Acosta (30 anos) e o ex-general Osmar Santiago Riveros (20 anos). Todos responderam por "subtração, ocultação, retenção e substituição de identidade”.

O julgamento ocorreu após 15 anos do começo das investigações. O processo foi movido pela líder da organização Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto. A organização reúne mães e avós de adultos e crianças desaparecidas durante os governos militares na Argentina. Tradicionalmente, às sextas-feiras, elas se reúnem na Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, sede do governo argentino, em Buenos Aires, para pedir providências das autoridades.

Videla, 86 anos, já havia sido condenado pela Justiça, em dezembro de 2010, à prisão perpétua por crimes de lesa-humanidade, como o assassinato de 31 presos políticos. Bignone, 84 anos, também recebeu a pena de prisão perpétua em abril de 2011 por sequestros, torturas, assassinatos e desaparecimento de pessoas durante o regime militar. Com informações da Agência Brasil.

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