Paralisação de servidores

TSE registra apenas 1% das candidaturas previstas

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3 de julho de 2012, 18h13

Até esta terça-feira (3/7), 3,3 mil candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador tiveram suas candidaturas inscritas, segundo contagem do Tribunal Superior Eleitoral. O número equivale a menos de 1% do total esperado, uma vez que nas eleições de 2008, mais de 380 mil candidaturas foram registradas. O prazo para cadastros acaba no próximo dia 5, mas a greve deflagrada por servidores de São Paulo, de Mato Grosso do Sul e da Paraíba e paralisações de servidores em todo o país tornaram-se motivo de preocupação do TSE.

A presidente da corte superior eleitoral, ministra Cármen Lúcia, reuniu-se com presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais e disse estar preocupada com a situação. Em entrevista coletiva após a reunião, ela afirmou que “qualquer paralisação que coloque em risco esse cumprimento do calendário eleitoral é grave”. Ainda assim, a ministra afirmou que o pleito dos grevistas é legítimo.

Os trabalhadores cobram a aprovação do Projeto de Lei 6.613/2009, que atualiza o Plano de Cargos e Salários da carreira. “Queremos a aprovação do projeto que está parado no Congresso, por causa de questões políticas. Estamos pressionando para que o Judiciário coloque suas forças na aprovação do projeto pelo Legislativo”, diz o diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo (Sintrajud), Mauricio Rezzani.

O desembargador Marco Villas Boas, que preside o Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais, pediu, também nesta terça-feira, que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) atue como interlocutor na busca de uma solução rápida para a demanda dos servidores. 

Manifestação na tarde desta terça, em frente ao TRE de São Paulo, reuniu servidores em frente ao tribunal, na rua Francisca Miquelina. Na quinta-feira (5/7), uma assembleia dos trabalhadores decidirá se a greve será mantida ou não.

A assessoria de imprensa do TRE-SP afirma que o tribunal é simpático à reivindicação dos grevistas, mas que está se organizando para que seja cumprido o calendário eleitoral previsto. Segundo o TRE-SP, até a última segunda-feira (2/7), 30% dos servidores haviam aderido à greve. Seguranças monitoram a entrada e a saída do tribunal para evitar tumultos que impeçam o registro de candidaturas.

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