Segurança do eleitor

Eleitor do RJ não poderá levar celular para votação

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3 de julho de 2012, 4h48

Os eleitores do Rio de Janeiro serão proibidos de levar seus telefones celulares na hora de votar. Quem desobedecer a regra poderá ir preso. O anúncio foi feito pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Zveiter, durante visita da presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, ao TRE-RJ.

Na visita de cortesia que fez, nesta segunda-feira (2/6), ao TRE-RJ, a presidente do TSE anunciou que estuda o pedido de envio de tropas federais ao Rio de Janeiro e a mais quatro estados para garantir a segurança durante as votações. Foi então que Zveiter anunciou a proibição dos celulares, para, segundo ele, proteção dos eleitores. "Queremos evitar que o eleitor seja coagido a fotografar o voto, trata-se de uma forma de proteger o cidadão", justificou. Ele disse que todos vão ser orientados a deixar o celular com o mesário para votar.

O TRE-RJ planeja que o Exército atue nas campanhas eleitorais, para resguardar o direito de os candidatos comparecerem a todas as comunidades fluminenses. Em um primeiro mapeamento das necessidades, o desembargador entende que a atenção maior da Justiça Eleitoral deve ser com a segurança de áreas com UPPs, sob ameaças de milícias, no município de Campos dos Goytacazes e em Rio das Ostras. "Nas comunidades com UPPs, vamos evitar deslocar os policiais que ali atuam, para não deixar a população desprotegida", disse.

No dia da votação, em 7 de outubro, o TRE-RJ pretende montar zonas de exclusão em áreas onde haja suspeita de influência de milícias e outros grupos criminosos. "Os locais de votação dessas regiões e o seu entorno serão guarnecidos. Sem restringir o direito de ir e vir da comunidade, agiremos para que os eleitores votem e deixem rapidamente aquela área", disse o desembargador Zveiter.

Em seminário, Cármen Lúcia falou a juízes, promotores e chefes de cartório das 249 Zonas Eleitoral do Rio de Janeiro. "Nestas eleições, temos que aplicar com rigor a Lei da Ficha Limpa, esta é a conduta que a sociedade brasileira espera da Justiça Eleitoral", discursou a ministra. Em contrapartida, pediu que o eleitor faça também um "voto limpo" em outubro. "É preciso pensar não em vantagens pessoais imediatas, mas no interesse público", concluiu a presidente do TSE. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRE-RJ.

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