Ministros do STF aproveitam férias para adiantar mensalão
14 de janeiro de 2012, 6h02
Os livros de literatura estão empoeirando nas estantes de ministros do Supremo Tribunal Federal. Nessas férias, a mesa de cabeceira tem servido de apoio às 122 páginas relatório do mensalão, entregue pelo relator do caso, ministro Joaquim Barbosa no dia 19/12, às vésperas do recesso Judiciário.
O presidente do tribunal, ministro Cezar Peluso, diz já ter começado a redigir seu voto sobre o caso. Apesar de não afirmar não saber ao certo quanto tempo levará para terminá-lo, é bom lembrar que foi ele que apressou Barbosa na entrega do documento, pedindo que o ministro entregasse o relatório para “agilizar a apreciação”, no dia 14/12.
O revisor do processo, ministro Ricardo Lewandowski, já com o relatório em mãos, disse, em entrevista ao portal G1, que aguarda o recebimento dos 130 volumes e mais de 600 páginas de depoimentos, originais do processo, que, segundo ele ajudam a análise de provas. “Interrompi meu recesso para estudar o relatório e todos os autos e estou dando a maior prioridade a este processo porque considero que é um dos mais importantes que já tramitaram no Supremo.”
O ministro Marco Aurélio de Mello já anunciou também que levou o relatório para ler nas “férias no Rio de Janeiro” e o considerou “muito bem elaborado”. O ministro declarou já estar “pronto para o julgamento”, precisando ouvir apenas o Ministério Público e a defesa dos 38 acusados de envolvimento em esquema de financiamento de parlamentares do PT e da base aliada em troca de apoio político ao governo.
Outro que também está trabalhando seu voto é o minstro Ayres Britto. O ministro, porém, não quis tecer comentários sobre o relatório. Os demais ministros do STF não retornaram às ligações da revista Consultor Jurídico. Especula-se que o julgamento do processo seja feito em maio deste ano.
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