Toma lá, dá cá

Juízes federais estão retaliando a OAB, diz Ophir

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11 de janeiro de 2012, 20h04

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcanti, afirmou que a Associação de Juízes Federais está retaliando a OAB por esta ter “a ousadia de marcar um ato cívico” para apoiar a atuação do Conselho Nacional de Justiça. “Os próprios juízes estão dizendo que não há liberdade de manifestação”, reclama Cavalcanti.

O ato ao qual o advogado se refere está marcado para o próximo dia 31, em Brasília, defendendo que o CNJ tenha poder de processar e julgar questões ético-disciplinares envolvendo magistrados em concorrência com as corregedorias. “Se vingar a tese da subsidiariedade [defendida na liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio], o CNJ passa a ser mais um departamento burocrático da Justiça”, diz Cavalcanti.

A retaliação da Ajufe veio em forma de nota, na qual afirmou que a OAB também deveria ser fiscalizada pelo CNJ e que isso evitaria “a imensa quantidade de queixas por apropriações indébitas praticadas por advogados contra os cidadãos comuns”. A afinetada foi vista pelo presidente da Ordem como uma tentativa de cobrir com “uma cortina de fumaça” o verdadeiro problema, que, para ele, é a redução dos poderes do CNJ.

Sobre a sugestão dos magistrados, Cavalcanti diz que os tribunais de ética da Ordem têm funcionado bem no controle dos profissionais da classe. “Muitos advogados são punidos por isso. Mas isso é uma exceção, assim como juízes que não respeitam a dignidade da toga.”

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