Incitação ilegal

Justiça do Rio decreta prisão de policiais grevistas

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11 de fevereiro de 2012, 10h07

Durante o plantão judiciário desta sexta-feira (10/2), a juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine decretou a prisão de 11 policiais militares que seriam líderes do movimento grevista no Rio de Janeiro. Até agora, cerca de 50 policiais militares já foram presos por se recusarem a sair do quartel para realizar patrulhamento.

De acordo com a decisão, Wagner Luis da Fonseca e Silva, Adalberto de Souza Rabello, Helio Silva de Oliveira, Carlos Antônio Oliveira de Aquino, Pablo Rafael Marques dos Santos, Alonsimar de Oliveira Pessanha, João Carlos Soares Gurgel, Wagner Jardim Hamude, Nilton Alves Neto, Vivian Sanches Gonçalves e Paulo Ricardo Paul estariam incitando o movimento grevista.

“Não resta dúvida de que a ordem pública encontra-se em risco na medida em que a sensação de insegurança generalizada toma conta da população, além do temor da população dos atos de vandalismo, o que não se pode, nem deve admitir, muito menos quando originário de uma classe militar”, afirmou a juíza.

Em outra decisão proferida no plantão judiciário da noite desta quinta-feira (9/2), a juíza Juliana Bessa deixou de conhecer o pedido de liberdade provisória requerido pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindipol) em favor de Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos. Ela ressaltou que, já havendo uma decisão de primeiro grau neste sentido, não caberia a um magistrado de igual instância revê-la, referindo-se à decisão proferida pelo magistrado de plantão na manhã do mesmo dia 9, que negou a concessão da liberdade.

O Sindicato dos Policiais Civis do Rio informou em nota que a adesão seria de 70%. Os agentes trabalham com 30% do efetivo e atendem ocorrências de ameaças, violência doméstica, furto de veículos. A Divisão de Homicídios não participa da paralisação.

O Corpo de Bombeiros anunciou a prisão administrativa de 123 guarda-vidas por falta ao serviço e abriu processo disciplinar que pode resultar na expulsão de 18 lideranças, entre elas o cabo Benevenuto Daciolo, que está preso em Bangu 1, dois oficiais e 15 guarda-vidas. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-RJ.

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