Chefe desconcentrado

Corte americana rejeita queixa de mulher demitida por ser bela

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25 de dezembro de 2012, 16h43

O Supremo Tribunal do Estado americano rejeitou a queixa de discriminação aberta por uma assistente de dentista que foi demitida, segundo seu ex-chefe, por colocar o casamento dele em perigo, mesmo sem seduzi-lo. A notícia é do jornal francês Le Monde.

Casada e com filhos, Melissa Nelson trabalhou durante dez anos no consultório de James Knight. No último ano, o dentista começou a criticar as roupas da assistente, que, acentuando as formas de seu corpo, o desconcentravam. Ele também chegou a retratar sua relação com a assistente como "ter um Lamborghini na garagem, sem jamais te-lo conduzido".

Até que um dia, a esposa de Knight, que também trabalhava no consultório, descobriu que seu marido enviara mensagens por celular a Melissa, que nunca deu abertura às investidas do chefe. O fato causou uma crise no casamento do dentista, que após uma série de discussões com sua esposa e o pastor da igreja que frequentava, decidiu demitir a assistente porque ela desestabilizava seu matrimônio.

A corte, formada unicamente por homens, entendeu que a demissão não foi justa, mas não acolheu o argumento de discriminação. Segundo o advogado de James Knight, a decisão abre "precedente para que os empregadores demitam funcionários que procuram causar inveja em suas esposas".

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