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Equador dá asilo para Assange, fundador do WikiLeaks

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14 de agosto de 2012, 16h33

Nem Suécia, nem Inglaterra e nem Estados Unidos. O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, deve embarcar para o Equador. A notícia acabou de ser publicada pelo jornal The Guardian, um dos mais importantes da Inglaterra. De acordo com a publicação, oficiais em Quito admitiram que o governo equatoriano decidiu dar asilo político para o jornalista.

A informação, no entanto, ainda não foi confirmada pelo governo do país. Na noite de segunda-feira (14/8), o presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou que a decisão sobre o asilo deveria ser anunciada ainda nesta semana. O site oficial do governo continua divulgando a nota de que uma reunião definitiva está marcada para quarta-feira (15/8), onde Correa recolheria todas as informações necessárias para decidir.

Julian Assange está refugiado na Embaixada do Equador, em Londres, desde o dia 19 de junho. No dia 30 de maio, a Suprema Corte do Reino Unido determinou a extradição do jornalista para a Suécia, onde ele é acusado de estupro. Se o asilo for confirmado, ainda terão de ser decididas questões práticas. Por exemplo, como Assange deixaria a embaixada em Londres e se encaminharia até o aeroporto para embarcar para o Equador, sem ser preso. É que, ao se refugiar na embaixada, ele descumpriu as regras da sua liberdade condicional, que exigia que ele ficasse em prisão domiciliar. Por isso, a Polícia londrina espera só que o jornalista deixe a embaixada para prendê-lo.

O asilo também vai abalar as relações diplomáticas do Equador com a Inglaterra, a Suécia e também com os Estados Unidos, que são apontados como o principal receio do jornalista. Desde julho, o responsável pela defesa de Assange é o juiz espanhol Baltasar Garzón, conhecido por ter condenado o ditador chileno Augusto Pinochet.

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