Capitanias hereditárias

Conselheiro do CNJ defende eleições diretas na OAB

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6 de agosto de 2012, 21h26

O representante do Conselho Federal da OAB no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), conselheiro Jorge Hélio Chaves de Oliveira, defendeu a proposta que tramita na Câmara dos Deputados de eleição direta para escolha dos dirigentes da entidade em caráter nacional. Para ele, é absurda a prática das eleições cartoriais em vigência na OAB. "Sou a favor de uma endoscopia biográfica na Ordem. Não podemos admitir, nos dias de hoje, eleições que nos remontam à época das capitanias hereditárias”, afirmou.

Durante participação no Colégio de Presidentes de Subseções do Rio de Janeiro, Jorge Hélio afirmou que “é preciso que a direção institucional da OAB seja firme. Essa é uma entidade que não pode ser curvilínea nem representar interesses escusos”, disse o conselheiro. Para ele, a fragilidade qualitativa presente em alguns advogados é o que causa a arbitrariedade dos magistrados. “Todos devem se qualificar. Um advogado bem instruído baratina qualquer ar de superioridade. Mas para todos os outros casos há sempre o CNJ. Este é o fato que povoa, hoje, os piores sonhos dos juízes”.

Sobre as constantes brigas pela garantia de sala dos advogados em prédios jurídicos, ele definiu como falta de bom senso. “A Justiça tem problemas maiores e mais sérios para se preocupar. Todo mundo já deveria estar cansado de saber que a OAB tem garantido por direito o seu espaço dentro de prédios jurídicos”, disse ele, para, em seguida, acrescentar: “Todos nós exercemos uma função indispensável à Justiça. Não pode existir hierarquia entre Ministério Público, magistrados e advogados”, frisou. Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB.

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