Apesar de decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, os professores da rede pública local decidiram continuar em greve em assembleia realizada na última terça-feira (24/4). Na sexta-feira passada (20/4), o tribunal considerou a greve abusiva e determinou que 80% dos professores voltassem a trabalhar. As informações são da Agência Brasil.
O Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) entrou com recurso para a revisão da decisão e questionou a aplicação da multa diária de R$ 45 mil, caso o percentual de funcionários não fosse cumprido. Os professores do Distrito Federal estão em greve há 45 dias.
A Secretaria de Administração Pública do Distrito Federal ameaça os 3 mil professores grevistas com o corte de salários, de acordo com o número de faltas devido à greve. A Secretaria de Educação informou que irá fiscalizar o funcionamento das escolas, conforme a determinação judicial.
Para a diretora da secretária de imprensa do Sinpro-DF, Rosilene Correia, a decisão do governo em cortar o salário dos professores ameaça a reposição de aulas após o fim da greve. Por ora, a diretora afirmou que não há plano estruturado para compensar os dias parados. Segundo ela, somente depois do fim da greve o sindicato e o governo deverão discutir o assunto.
Os professores em greve pedem o cumprimento de um acordo firmado em 2011 com o governador Agnelo Queiroz, no qual se exige a equiparação da média salarial à de outras carreiras de nível superior, a contratação de profissionais aprovados no último concurso da Secretaria de Educação e a implantação de plano de saúde.
A última proposta apresentada pelo governo foi a incorporação de auxílio saúde de R$110, recusada pela categoria. O Sinpro-DF e o governo se reunirão novamente na tarde desta quarta-feira (25/4).