Monte Carlo

PSDB faz representação contra Protógenes na Câmara

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19 de abril de 2012, 12h10

Uma representação contra o deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB) foi levada ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Segundo o documento, “chegaram ao conhecimento público, por meio de notícias publicadas em diversos órgãos da imprensa brasileira, denúncias envolvendo deputado federal Protógenes Queiroz que prejudicam a imagem da Câmara dos Deputados perante a sociedade brasileira e contrariam os padrões éticos exigidos dos membros desta Casa Legislativa”. As informações do jornalista Claudio Tognolli estão no site Brasil 247.

As notícias em questão tratam da ligação com parlamentar com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e com Idalberto Matias Araújo, o Dadá. “As informações publicadas dão conta de conversas mantidas entre ambos, em que o Deputado Protógenes Queiroz é flagrado combinando encontros particulares com vistas a instruí-lo acerca de sua defesa perante a Polícia Federal, em inquérito em que constava como investigado”, diz a representação.

A conversa está na denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal de Goiás contra Cachoeira, na operação Monte Carlo. Nela, o sargento Dadá confessa a interlocutores que está criando, com amigos, uma empresa de segurança privada chamada “Satiagraha” — justamente o nome da operação que imortalizou Protógenes por ter prendido, temporariamente, o banqueiro Daniel Dantas. Segundo o órgão, Dadá é braço direito de Cachoeira, preso da Monte Carlo, e agente recrutado por Protógenes Queiroz na Operação Satiagraha.

Na gravação de dez minutos e treze segundos, há trechos como “o negócio de Minas Gerais ainda não fechou. Evaldo tá criando a empresa Satiagraha”. Além disso, cogita-se a criação de um site para a referida empresa, que teria pessoas treinadas em Israel, nos EUA, no Iraque, e no Afeganistão.

De acordo com a reportagem do Brasil 247, “ao pedir a CPI da Monte Carlo, Protógenes vai sacrificar dois de seus ex-empregados-arapongas. Ambos foram pegos pela PF na Operação Monte Carlo, por cuja CPI Protógenes ora luta”. Um deles é o policial Jairo Martins de Souza, autor da fita que culminou no caso do mensalão, em 2005.

A acusação do Ministério Público fala no nome de Jairo Martins. Segundo o parquet, ele era um empregado da quadrilha de Carlinhos Cachoeira. Recebia R$ 5 mil mensais e tinha a função de cooptar policiais e também levantar informações que pudessem prejudicar os negócios do grupo.

A representação do PSDB quer que seja investigado outro ponto: Na Satiagraha, foi Dadá quem aproximou Protógenes da Abin. Foi a participação da agência nas investigações que mais tarde derrubou toda operação no Superior Tribunal de Justiça.

Clique aqui para ler a representação do PSDB.

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