Só no papel

Cartão com chip emperra emissão de identidade única

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10 de abril de 2012, 12h07

Idealizado para substituir a carteira de identidade de pelo menos dois milhões de pessoas, o Registro de Identidade Civil (RIC) ainda não saiu do papel. O cartão foi lançado há mais de um ano pelo Ministério da Justiça, mas, segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, um problema de execução no programa prejudicou sua emissão. As informações são da Agência Brasil.

“Há um atraso nesse programa, mas é justificável”, explicou o ministro. O cartão magnético tem impressão digital e chip eletrônico. Constarão no documento informações como nome, sexo, data de nascimento, foto, filiação, naturalidade e assinatura.

A substituição da carteira de identidade será feita ao longo de dez anos, estima o Ministério da Justiça. O RIC estava sendo implementado pelo ex-secretário executivo Luiz Paulo Barreto. Com a troca de comando da Secretaria, o programa passará a ser responsabilidade da nova secretária executiva, Márcia Pelegrini.

Planos em 2010
Em dezembro de 2010, foram veiculadas campanhas publicitárias em rede nacional de rádio e TV. O objetivo era implantar o projeto piloto em Brasília, Salvador, Hidrolândia (GO), Nísia Floresta (RN), Rio Sono (TO), no Rio de Janeiro e na Ilha de Itamaracá (PE).

Os moradores dessas cidades seriam escolhidos aleatoriamente e receberiam uma carta indicando a possibilidade de troca do RG pelo RIC. Pelo menos 125 mil pessoas receberiam o RIC nessa primeira etapa. Segundo o Ministério, o investimento no primeiro ano alcançaria cerca de R$ 90 milhões.

Ainda não há previsão para a implantação total do programa nem para a troca das cédulas da carteira de identidade pelo RIC.

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