Empregados insatisfeitos

Incêndio em Jirau foi criminoso, diz sindicalista

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4 de abril de 2012, 11h22

O presidente da Confederação dos Trabalhadores na Indústria da Construção e Madeira, Cláudio Gomes, disse que o incêndio desta madrugada (3/4) em 37 alojamentos da obra da hidrelétrica Jirau, no Rio Madeira (RO), foi criminoso. Segundo Gomes, o incêndio foi provocado por empregados insatisfeitos com o resultado da assembleia desta segunda-feira (2/4) dos trabalhadores, na qual foi aprovado o acordo negociado do Tribunal Regional do Trabalho.

A decisão, aceita pela maioria dos trabalhadores de Jirau e pela unanimidade dos trabalhadores da Hidrelétrica Santo Antônio, também no Rio Madeira, prevê o aumento de R$ 170 para R$ 220 da complementação da cesta básica para os trabalhadores que recebem até R$ 1,5 mil mensais. E para quem ganha mais de R$ 1,5 mil por mês, um aumento de R$ 200 na cesta básica. As obras das usinas ficaram paralisadas durante 26 dias.

Em nota, a Camargo Corrêa, empreiteira contratada para a construção da obra, informou que o incêndio atingiu cerca de 30% dos alojamentos. A empresa confirmou que houve uma morte, mas não deu detalhes. A suspeita da morte foi por ataque cardíaco durante a confusão.

O presidente da confederação não quis acusar nenhum envolvido ou apontar grupo político responsável. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Rondônia, Raimundo Enelson, os envolvidos são de um grupo minoritário.

Enelson estima que 5,6 mil trabalhadores foram afetados. Desses, 500 poderão retornar nesta noite (3/4) aos alojamentos parcialmente atingidos. Os demais serão abrigados em unidades do Serviço Social da Indústria (Sesi), hotéis e pensões de Porto Velho. Conforme o presidente do sindicato, a empresa fará rescisão dos trabalhadores que quiserem deixar a obra. Cerca de sete mil trabalhadores estavam nos alojamentos da obra. Com informações da Agência Brasil.

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