Pichação em carro

Promotora ameaçada não consegue registrar B.O na PM

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16 de setembro de 2011, 16h50

A Polícia Civil vai instaurar inquérito para apurar as ameaças de morte que uma promotora de Justiça de Belo Horizonte estaria recebendo. Na tarde de quarta-feira (15/9), a titular da Promotoria de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar, Laís Silveira, voltava do encontro de um grupo de orações, junto com uma amiga, Lorenza Silva, quando foi surpreendida por uma pichação em seu veículo. Escrita com spray de tinta amarela, a mensagem na lateral do carro dizia: "vadias, a morte sempre está perto". Os pneus estavam furados em quatro pontos. Segundo a promotora, as duas ficaram desesperadas quando perceberam que se tratava de uma ameaça. As informações são do portal HD.

Imediatamente, elas saíram do Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e seguiram em direção à residência de Laís Silveira. Antes, as duas pararam em um posto de gasolina e calibraram os pneus. Próximo ao local, na Avenida Nossa Senhora do Carmo, a promotora avistou uma viatura da Polícia Militar e pediu por ajuda.

Ela chegou a ser encaminhada até uma companhia da PM, onde tentou registrar a ocorrência, mas não teve sucesso. "O lugar estava vazio, porém, não quiseram registrar o boletim já que eu não lembrava o nome da rua onde ocorreu", reclama Laís Silveira. A promotora contou ainda que uma militar, identificada apenas como cabo Rosângela, ainda teria se recusado a verificar o veículo com as pichações, além de que questionar se o procedimento seria para recebimento de seguro.

Há dois anos, ela e Lorenza, que é casada com um promotor de Justiça, estariam recebendo ameaças de uma pessoa próxima. Apesar de desconfiar quem seja o autor da mensagem, ela não descarta a possibilidade de que seja retaliação ao seu trabalho. "Não tinha costume de ir ao Bairro Belvedere. Saí da Promotoria, busquei minha amiga e fui para o encontro, o que me leva a acreditar que estava sendo seguida desde cedo", ressaltou.

De acordo o comandante do 22º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Ricardo Garcia Machado, o fato de a promotora ter tido dificuldades para registrar a ocorrência chegou ao conhecimento dele por meio da Imprensa. O militar disse que a Corporação irá apurar o ocorrido. Já a promotora informou que só conseguiu fazer um boletim, na manhã de quinta-feira (15/9), no Juizado Especial Criminal.

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