Juíza assassinada

"Sempre soube que o crime não ficaria impune"

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12 de setembro de 2011, 15h07

TJ-RJ
"Sempre tive certeza de que tal crime não ficaria impune e que a Polícia Civil estava preparada para apurar o caso. Um fato como este não atinge apenas o magistrado, atinge um poder do Estado, atinge a própria democracia." A afirmação é do presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos. Nesta segunda-feira (12/9), ele anunciou, em coletiva de imprensa, que a morte da juíza Patrícia Acioli foi elucidada.

O plantão judiciário decretou, no domingo (11/9), a prisão temporária de três policiais militares acusados de participar do assassinato da juíza: o tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes e os cabos Sergio Costa Junior e Jefferson de Araujo Miranda.

O delegado Felipe Ettore, da Delegacia de Homicídios, também participou da coletiva. De acordo com ele, os PMs decidiram matar a juíza porque receberam a notícia de que poderiam ser decretadas as suas prisões em um processo da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, em que eles são acusados de matar um jovem no Morro do Salgueiro, que fica no bairro, e de tentar forjar um auto de resistência.

"Eles achavam que executando a vítima poderiam evitar a decretação da prisão. O que eles não sabiam é que no mesmo dia 11 de agosto, antes do crime, a juíza já tinha decretado a prisão dos três policiais", comentou.

De acordo com o secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, também foi determinada a apreensão de todas as armas de calibre 38 e 40 do 7º BPM. "O que nos interessa é a busca da verdade. Temos a obrigação de atuar e enfrentar um crime sério como este onde a Justiça é atingida. A resposta vai ser dada e já estamos muito bem encaminhados neste sentido", ressaltou.

O procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes, disse que as investigações estão coletando provas muito consistentes para que o Ministério Público possa oferecer a denúncia contra os acusados. "Já temos o motivo e indícios bem fortes do envolvimento desses três policiais militares. Gostaria de parabenizar a Polícia Civil pela resposta em um prazo razoável diante de um crime que merece uma investigação mais profunda", completou. Com informações da Assessoria de Comunicação do TJ-RJ.

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