Bagagens liberadas

MPF-RJ denuncia esquema de contrabando no Galeão

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1 de setembro de 2011, 12h35

O Ministério Público Federal acusa duas servidoras da Receita Federal de envolvimento em um esquema de contrabando no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro. As funcionárias, lotadas no setor alfandegário do aeroporto, são acusadas de receberem vantagens indevidas para liberarem bagagens com mercadorias estrangeiras sem a cobrança do imposto.

A denúncia foi encaminhada à 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Nela, o procurador da República Orlando Cunha pede o afastamento preventivo das servidoras da Receita Federal e a inclusão dos nomes de todos os acusados no Sistema Nacional de Procurados e Impedidos (SINPI), o que os impede de sair do país.

Nesta quinta-feira (1º/9), a Polícia Federal, junto com a Receita Federal, está empenhada na chamada operação Free Way, que pretende cumprir 39 mandados de busca e apreensão em empresas e residências dos suspeitos, para colher mais evidências e provas da prática dos crimes.

As acusações são de corrupção ativa e passiva, descaminho e facilitação de descaminho. Entre os envolvidos, de acordo com a denúncia do MPF, estão funcionários da empresa Angel’s Serviços Técnicos e Seaviation, ambas prestadoras de serviços à Receita Federal no Aeroporto Internacional do Rio.

Depois de investigações, a Polícia Federal e o MPF concluíram que parte dos acusados viajava para o exterior e trazia nas malas grande quantidade de mercadorias. De forma planejada, eles desembarcavam no Rio de Janeiro no dia e horário em que as duas servidoras da Receita denunciadas estavam escaladas para trabalhar. No histórico de viagens de um dos acusados, há mais de 100 registros de entrada e saída de aeroportos internacionais em menos de dois anos. Com informações da Assessoria de Comunicação da PR-RJ.

Processo 2010.51.01.81807486-0

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