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Polícia faz operação para prender integrantes de milícias no Rio

1 de setembro de 2011, 9h30

Por Redação ConJur

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A Policia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, na quinta-feira (1º/08), a Operação Pandora. A ação foi deflagrada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO/IE) e pelo Grupo Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio de Janeiro e tem como objetivo prender integrantes da milícia Liga da Justiça, que atua na Zona Oeste do Rio.

No total, 17 pessoas tiveram a prisão requerida. Os agentes apreenderam  um Eco Sport, uma pistola calibre 380 e R$ 45 mil em espécie e em cheques. Além disso, foram arrecadados documentos relativos a máquinas caça-níqueis e de segurança clandestina, além de uma máquina de contar cédulas.

A operação é um resultado de um ano e meio de investigações da polícia, reunindo 150 policiais para cumprir 33 mandados de busca e apreensão — todos executados.

Os policiais afirmaram que por meio de crimes como homicídios, extorsões,  ameaças, posse e porte ilegal de armas de fogo, as milícias desenvolvem "um esquema de poder que engloba a dominação territorial e econômica de toda aquela região por meio da violência e da imposição do medo e do terror".

De acordo com a denúncia do MP-RJ, a milícia continua agindo em localidades da Zona Oeste como Campo Grande, Cosmos, Inhoaíba, Paciência e Santíssimo. A quadrilha, segundo o Gaeco, lucra com a cobrança de taxas de moradores, comerciantes e pessoas dedicadas ao transporte alternativo (vans e mototaxis). Monopoliza ainda o comércio de gás natural veicular (GNV), botijões de gás e TV a cabo. Com o dinheiro arrecadado, foram comprados veículos de luxo, lanchas e imóveis.

“Além de extremamente violentas, as milícias provocam perda da confiança da população em relação ao poder público. A Operação Pandora demonstra que a Secretaria de Segurança e o Ministério Público, por meio do GAECO, não vão dar trégua no combate a estas organizações criminosas”, afirmou o delegado titular da DRACO, Alexandre Capote, durante a entrevista coletiva. O coordenador do GAECO, promotor de Justiça Claudio Varela, também participou da apresentação do balanço da operação. Com informações da Assessoria de Imprensa do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro.