Volta para casa

Obama diz que tropas deixarão o Iraque este ano

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21 de outubro de 2011, 16h25

Até o final do ano, o governo dos Estados Unidos pretende retirar todas as tropas americanas que ainda estão no Iraque. Foi o que afirmou o presidente Barack Obama nesta sexta-feira (21/10). As informações são da Folha Online.

"Como prometido, o restante de nossas tropas no Iraque voltará para casa até o final do ano. Após quase nove anos, a guerra da América no Iraque estará acabada", disse Obama em declaração na Casa Branca, ressaltando que os EUA continuarão interessados na segurança do país.

De acordo com o jornal The Washington Post, a decisão veio após o fracasso da tentativa americana de chegar a um acordo com as autoridades iraquianas para deixar milhares de soldados no país para operações especiais e treinamento. A ideia inicial era de que 40 mil americanos continuassem em território iraquiano trabalhando no treinamento de forças nacionais e ajudando na segurança local, plano que não se concretizará com o anúncio desta sexta.

A negociações entre o governo Obama e autoridades iraquianas vêm ocorrendo há meses em relação a quantos soldados permaneceriam no país. Segundo Obama, a saída das tropas é parte de um período de transição, iniciado há anos.

Segundo a emissora de TV CNN, apenas 150 soldados devem permanecer no país. Eles seriam necessários para proteger o complexo da embaixada americana em Bagdá e seus milhares de funcionários e diplomatas.

O fracasso nas negociações, de acordo com o The Washington Post, pode trazer problemas de segurança para o governo iraquiano, ainda muito dividido, e para a administração de Obama, que herdou a guerra mas prometeu uma retirada ordenada. Caso uma onda de violência estoure no Iraque após a retirada das tropas, os EUA poderiam levar a culpa por terem abandonado o país.

Na semana passada, o Exército americano transferiu o controle do espaço aéreo de Bagdá às autoridades iraquianas, e com este passo ficou sob sua supervisão todo o céu do país, algo inédito desde 2003, segundo informou o comando militar dos Estados Unidos.

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