Catolé do Rocha

Combate ao crime tem mutirão judiciário na Paraíba

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27 de novembro de 2011, 10h45

Quatro mandados de prisão expedidos pelo Juízo da 1ª Vara da Comarca de Catolé do Rocha, na continuação da operação que foi denominada Laços de Sangue II, pela Polícia Civil da Paraíba, foram cumpridos nesta sexta-feira (25/11), durante o mutirão que vem sendo realizado pelo Tribunal de Justiça, em parceria com as forças de segurança do estado. Foram presos Humberto Suassuna, Chateubriand Suassuna, Maria Lemos da Silva e Evandro Oliveira, suspeitos da prática de homicídio.

As prisões foram decretadas pelo juiz Fabrício Meira Macêdo, designado para atuar na 1ª Vara da Comarca de Catolé do Rocha, que nas três primeiras semanas do mutirão decretou prisões temporárias e preventivas de diversos suspeitos de crimes em Catolé do Rocha. Atuam ainda no mutirão os juízes Kéops de Vasconcelos Amaral Vieira, Antônio Eimar de Lima e Henrique Jorge Jácome de Figueiredo.

Segundo o juiz Fabrício Meira, durante o mutirão criminal os processos têm sido agilizados, com a prolação de despachos, decisões e sentenças. A Comarca de Catolé do Rocha apresenta altos índices de homicídios, muitos dos quais atribuídos a rivalidades entre famílias.

Fabrício Meira está à frente, ainda, das sessões do Tribunal do Júri feitas durante o Mutirão Criminal, tendo presidido, na última quinta-feira (24/11), duas sessões relativas a processos em que os réus estavam presos.

O Mutirão Criminal foi instalado na comarca no dia 7 de novembro, durante sessão extraordinária do Tribunal de Justiça, com a presença da maioria dos integrantes da Corte Judiciária, com o objetivo de acelerar e julgar os processos criminais que tramitam nas varas criminais. O presidente da Corte, desembargador Abraham Lincoln da Cunha Ramos explicou que o mutirão é uma medida de urgência para reduzir os altos índices de criminalidade na região e normalizar a prestação juridicional e seguirá até o dia 16 de dezembro, podendo haver prorrogação pelo Tribunal de Justiça, a depender da necessidade.

De acordo com as informações da Polícia Civil do estado, os presos, que são suspeitos de integrar grupos de extermínio, são organizados e já atuam há mais de quatro décadas, período em que teriam vitimado mais de cem pessoas. Para o delegado regional de Catolé do Rocha, André Rabelo, a expectativa é que essa operação ponha um fim a uma guerra entre as famílias. “Esperamos reduzir significativamente os índices de crimes na região, acabando com esse ciclo de violência que perdura há décadas”, concluiu o delegado. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-PB.

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