"Protetor dos poderosos"

Revista piauí publica perfil do criminalista Kakay

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5 de novembro de 2011, 16h18

“Antônio Carlos de Almeida Castro é criminalista, está acostumado a falar com o júri. Foi nessa condição que orientou Orlando Silva a se ater às denúncias, em vez de tentar desqualificar os acusadores”. A descrição do advogado, mais conhecido como Kakay, faz parte de um perfil publicado na edição deste mês da revista paiuí, que já pode ser encontrada nas bancas a partir deste sábado (5/11).

A reportagem com um dos mais renomados advogados do Brasil ficou a cargo da jornalista Daniela Pinheiro. Durante os trinta anos de carreira, Kakay firmou-se como um defensor de grandes autoridades. Defendeu dois presidentes da República, um vice, cinco presidentes de partido, quarenta governadores, e outro tanto de parlamentares e ministros. “No mês passado, acrescentou à freguesia um ex-governador, um presidente de Assembleia Legislativa e um juiz de Tribunal de Contas estadual”, diz a reportagem.

De acordo com a revista, “Na primeira vez que teve de discutir honorários, decidiu pedir 100 mil em moeda da época – quase dez vezes mais do que [Geraldo] Alckmin cobraria. Mas quando o cliente perguntou o preço, ele improvisou: “Normalmente, nesse caso, eu cobro 1 milhão.” E ficou esperando a resposta em silêncio. O cliente perguntou se seria possível dividir o valor em três prestações. “Claro que não!”, protestou Kakay. E recebeu tudo”.

A jornalista conta ainda que, para Kakay, “o Supremo não está em seus melhores dias”, em decorrência da TV Justiça. A revista conta que ao falar sobre o assunto “ele se lembrou do episódio em que um ministro, apesar de já ter seu voto conhecido, lia seu relatório havia três horas. Nelson Jobim interrompeu o colega para dizer se ele poderia ser mais breve porque o plenário já sabia sua posição. “Vocês sabem, mas os telespectadores, não”, teria respondido o ministro. “Então, imagina o que é isso!”, disse Kakay irritado. “Aqui na França, na terra da liberdade, eles tentaram fazer isso e cortaram a ideia dois meses depois. É absurdo você falar para um juiz que está preocupado com o que o telespectador vai pensar””.

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