Livre comércio

Fronteira do Paraguai é porta para contrabandistas

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27 de junho de 2011, 16h38

As fronteiras com o Paraguai são porta de entrada para mercadorias falsificadas no Brasil. Reportagem do canal Globo News, feita pelo repórter César Tralli, mostra que falsificadores paraguaios de cigarros usam o Rio Paraná para entrar em Foz do Iguaçu e outras cidades fronteiriças. De lá, usam estradas do Paraná e de São Paulo para escoar mercadorias contrabandeadas para dentro do país, e vendê-las em camelódromos espalhados por todo o território nacional.

Segundo a reportagem, dos 65 bilhões de cigarros falsificados fabricados todo no Paraguai, 60 bilhões vêm parar no Brasil. Somente em impostos sonegados, o governo brasileiro perde R$ 4 bilhões todo ano. Entre janeiro e abril deste ano, aponta a reportagem, a Polícia Federal já apreendeu 52 milhões de maços de cigarros falsos – e todos eles são incinerados.

César Tralli aponta para um problema ainda mais grave do que o contrabando de cigarros: por onde entram cigarros falsos, também entram drogas e armas. Num camelódromo mostrado pela Globo News, é possível encontrar uma arma automática trazida ilegalmente pela fronteira paraguaia.

Segundo o delegado da PF, Chang Fan, os contrabandistas (e traficantes) trabalham em grupos grandes, que dispõem de barcos, caminhões, ônibus, caminhonetes. “Eles têm recursos, muitas pessoas trabalhando para eles, comunicação, veículos, ao passo que a polícia, volta e meia, tem restrição para combater esses crimes”, conta Fan.

Assista abaixo a reportagem.

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