Ataques virtuais

PF pode identificar quem invadiu sites do governo

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26 de junho de 2011, 17h02

Os responsáveis pela invasão nas páginas da Presidência da República, de ministérios, da Receita Federal e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) podem ser rastreados e a Polícia Federal tem instrumentos para identificar esses hackers. Quem afirma é Marcelo Lau, especialista em crimes eletrônicos e segurança na internet. As informações são da Agência Brasil.

Como lembra Lau, uma vez que as próprias máquinas fazem os registros, não há anonimato absoluto. De acordo com ele, a identificação pode acontecer mesmo se os criminosos estiverem no exterior e a PF “está muito bem preparada e equipada”.

Em mensagem divulgada nesta sexta-feira (24/6) pelo site do IBGE — também invadido pelo grupo —, os invasores revelaram que iriam realizar mais ataques. “Este mês, o governo vivenciará o maior número de ataques de natureza virtual na sua história feito pelo Fail Shell. Entendam tais ataques como forma de protesto de um grupo nacionalista que deseja fazer do Brasil um país melhor. Tenha orgulho de ser brasileiro, ame o seu país, só assim poderemos crescer e evoluir”, diz a mensagem.

“Fazer uma invasão desse tipo é expor dados”, opina Lau, “e não é a melhor maneira de colocar a necessidade de rever a segurança [do sistema]”. Além disso, ele reitera: “Expor deliberadamente [alguns tipos de] dados é crime”.

Por meio de acessos simultâneos de computadores e provedores espalhados no mundo todo, os hackers provocaram a queda dos sites. A página da Receita Federal, por exemplo, registrou aproximadamente 300 mil acessos – volume que normalmente leva uma hora para ser registrado durante a entrega de declarações do Imposto de Renda.

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