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Diretores de presídio em Mato Grosso pedem demissão após mortes em motim

23 de junho de 2011, 17h40

Por Redação ConJur

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Depois do motim que resultou na morte de um detento e de um agente prisional feito refém, oito membros da direção da Penitenciária Central do Estado, a maior casa prisional de Mato Grosso, pediram demissão. Na noite desta quarta-feira (22/6), o diretor do presídio, o subdiretor, a gerente administrativa e o chefe de segurança e disciplina enviaram ofício entregando seus cargos. As informações são do portal Terra.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) informou que os ofícios não trazem justificativas para o pedido coletivo. Quanto à atual situação da penitenciária, a Sesp contou que os ânimos estão mais tranqüilos. Os cargos dois oito servidores já foram substituídos interinamente e os presos passaram por revista.

Hoje, a Penitenciária Central do Estado abriga 2.050 presos, mas tem capacidade para 851. O motim aconteceu na segunda-feira (20/6), quando o agente Wesley da Silva Santos, de 24 anos, morreu. Há dúvidas se ele foi morto pelos detentos a golpes de chuço, uma arma artesanal, ou se foi atingido por tiros de policiais militares que tentavam conter a rebelião.

No mesmo dia, a corregedoria da Polícia Militar ouviu 19 policiais que estiveram no local. A Secretaria de Estado de Segurança Pública recolheu as armas utilizadas durante a ação. Segundo o boletim de ocorrência, os PMs empregaram, inicialmente, munição não letal para conter os detentos. Um dos presos morreu naquela noite e outros dois, baleados, foram socorridos e passam bem.