Ordem pública

Acusada de matar os pais, filha de ex-ministro é presa

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27 de janeiro de 2011, 17h29

Acusada de matar os pais, Adriana Villela, filha do ex-ministro do TSE José Guilherme Villela, foi novamente presa a pedido do Ministério Público do Distrito Federal. O ex-ministro, a mulher e a empregada da família foram assassinados dentro de casa a facadas, em 2009, em Brasília.

Como informa a Folha de S.Paulo, Adriana foi presa nesta quinta-feira (27/1) no Rio de Janeiro e será transferida para Brasília. A Procuradoria afirma que a prisão preventiva foi solicitada "em decorrência das inúmeras injunções que estavam prejudicando a elucidação do crime da 113 sul e para garantir a normal instrução do feito".

Segundo Rodrigo Alencastro, advogado da filha dos Villela ouvido pela Folha, Adriana foi presa no Rio de Janeiro, onde estava de férias. Ainda de acordo com Alencastro, o juiz havia sido comunicado da viagem, mas julgou conveniente a prisão para a fase de instrução do processo e para a garantia da ordem pública. O advogado diz que o juiz, em sua decisão, fez referência às alegações passadas de obstrução das investigações, mas não apresentou nenhum fato novo. A defesa de Adriana vai apresentar o pedido de revogação da prisão.

O casal foi morto no apartamento em que morava, na Asa Sul, bairro nobre da cidade. Também foi assassinada a empregada da família, Francisca da Silva. Diversos culpados pelos crimes foram apontados pela Polícia, em uma investigação com brigas internas na corporação e até a queda de uma delegada, pela suspeita de uma prova plantada.

Em agosto passado, Adriana e outras quatro pessoas foram presas sob a alegação de estarem atrapalhando as investigações. Em setembro, a filha do casal foi denunciada pelo Ministério Público do Distrito Federal pela participação nos assassinatos, denúncia aceita pela Justiça. Chegou a passar quase três semanas na prisão.

Na ocasião, Leonardo Campos Alves, ex-zelador do prédio dos Villela, afirmou ter cometido o triplo homicídio para roubar e por medo de ser reconhecido. Dias depois, mudou o depoimento e afirmou ter sido Adriana a mandante do crime.

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