Experiência brasileira

PF vai investigar furto a banco na Argentina

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6 de janeiro de 2011, 19h05

A Polícia da Argentina pediu ajuda à Polícia Federal do Rio Grande do Sul nas investigações do furto a uma agência do banco argentino Província, em Buenos Aires, durante o feriado do Ano Novo, como noticiou o jornal O Estado de S. Paulo.

Os argentinos e a Interpol entraram em contato com a Polícia Federal após analisar que o roubo — estimado em US$ 6,8 milhões — foi feito de forma semelhante ao do grupo que tentou furtar agências do Banrisul, em 2006. Há a suspeita de que integrantes da quadrilha que tentou roubar o banco brasileiro tenham participado do crime na Argentina.

Além de ter reforçado o trabalho na delegacias na fronteira com a Argentina, a Polícia Federal disse que encaminhou material sobre as investigações da época da tentativa de furto do Banrisul aos órgãos estrangeiros.

Na época, dos presos na operação, 11 foram removidos para penitenciárias de outros estados, cinco estão em liberdade, sete estão foragidos, três continuam presos no Rio Grande do Sul e dois foram mortos.

Na Argentina, o bando alugou uma casa em julho de 2010, de onde começou a cavar o túnel que levou os criminosos até os cofres do banco. Uma pizzaria vizinha à agência filmou o momento da fuga da quadrilha.

As autoridades argentinas investigam se houve negligência policial no caso. Os alarmes da agência roubada dispararam nos dias 23, 29, 30 de dezembro e outras duas vezes na madrugada do dia 2 de janeiro. Apesar das advertências, os policiais só fizeram inspeções externas, enquanto os ladrões saqueavam 136 cofres de argentinos com alto poder aquisitivo.

"A polícia não respondeu aos alarmes. Claramente, houve um erro", declarou o presidente da instituição, Guillermo Francos. Segundo ele, os agentes enviados para o local pensaram que vibrações do metrô podiam ter ativado sensores antissísmicos e também culparam as reformas na pizzaria vizinha.

Os policiais e a empresa de segurança particular contratada pelo banco estão na mira do promotor responsável pelo caso, Martín Niklison.

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