Caminho da investigação

MP-SP denuncia sete pessoas por morte de prefeito

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14 de fevereiro de 2011, 16h25

O Ministério Público denunciou, nesta segunda-feira (14/2), sete pessoas acusadas da morte do prefeito de Jandira, Braz Paschoalin. Ele foi assassinado na manhã de 10 de dezembro do ano passado. O prefeito foi morto quando chegava à Rádio Astral. O atentado ainda feriu o motorista Wellington Martins dos Santos.

Foram denunciados como mandantes do crime dois ex-secretários municipais, Sérgio Paraizo e Wanderley Lemes de Aquino, além de Anderson Luiz Elias Muniz, o Ganso, ex-candidato a vereador no município. Também foram denunciados Adilson Alves de Souza, o "Alemão" ou Dilsinho, Lázaro Teodoro Faustino, o Lazinho, Lauro de Souza, o Negão, e o ex-policial militar Robson da Silva Lobo. A defesa nega a acusação e diz que vai aguardar o pronunciamento da Justiça.

De acordo com a denúncia oferecida pelo promotor de Justiça, Neudival Mascarenhas Filho, que integra o Núcleo São Paulo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Braz Paschoalin foi morto porque havia demitido o secretário de Governo Sérgio Paraizo, seu antigo colaborador, e estava se desentendendo com o secretário de Habitação, Wanderley Lemes de Aquino, que também pretendia demitir do cargo.

Ainda segundo a denúncia, havia vários esquemas de corrupção na Prefeitura, envolvendo desvios de dinheiro público, licitações fraudulentas, superfaturamento e nomeação de funcionários fantasmas. Para assumir o controle desses esquemas na Prefeitura, os secretários Wanderley Aquino e Sérgio Paraíso e Anderson Muniz, em conjunto com Anderson Muniz, tramaram a morte do prefeito Braz Paschoalin e contrataram Robson, Alemão, Lazinho e Negão para executarem o crime.

Robson, um ex-policial militar, ficou encarregado de arrumar as armas para o crime e foi flagrado na véspera do assassinato recebendo grande quantia em dinheiro, que repassou para uma terceira pessoa, segundo o MP. Na mesma noite, ele se encontrou com Alemão.

As investigações apontaram que o carro onde estavam o prefeito e o motorista foi interceptado por um veículo Polo ao chegar à emissora de rádio. Adilson e Lázaro desceram do Polo e fizeram vários disparos que mataram o prefeito e feriram o motorista.

Seguidos por Lauro de Souza, que lhes dava cobertura, os dois fugiram até a Estrada das Pitas, onde entregaram as armas para um homem que estava em um veículo de cor prata. Pouco depois, a Polícia localizou na estrada um Ford Focus prata e prendeu Adilson e Lázaro nas proximidades.

Todos foram denunciados por homicídio triplamente qualificado (mediante paga ou promessa de recompensa; à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; e para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime) e por tentativa de homicídio.

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