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Gastos públicos aumentam em ano eleitoral, afirma estudo do Ipea

29 de dezembro de 2011, 18h51

Por Redação ConJur

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Os gastos das administrações públicas sobem bastante em anos eleitorais e despencam nos anos imediatamente posteriores. Essas oscilações são ainda maiores nos municípios, que, além das eleições presidenciais, para governador e para os cargos representativos, também passam pelas eleições para prefeito e vereadores. A conclusão é de pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). 

O Ipea mostra as cifras. Em 1998, ano da reeleição de Fernando Henrique Cardoso, o gasto público chegou a 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), e no ano seguinte caiu para 1,5%. Em 2002, ano que Lula ganhou as eleições presidenciais, a taxa anual foi de 2,2%. Em 2003, novamente, caiu para 1,5%.

Em tempos de crise internacional, a entidade já começa a mostrar sinais de preocupação. “Os gastos aumentam no último ano, e a nova administração encontra contas estouradas, o que exige corte de gastos e de investimentos”, comentou  Claudio Hamilton, um dos coordenadores da pesquisa.

Nesta quinta-feira (29/12), o Ipea divulgou o Comunicado 126, um relatório preliminar de estudo sobre a evolução do gasto público entre os anos de 1995 e 2011. A taxa de investimento da Administração Pública deve ficar em 2,5% do PIB do Brasil este ano. Segundo o comunicado, o país registrou o menor índice de investimento público em 2003, primeiro ano do governo Lula com 1,5% do PIB, e chegou à maior cifra (2,9%) em 2010, o último ano de Lula. No ano passado, o gasto público chegou a R$ 49,5 bilhões. Com informações da Assessoria de Imprensa do Ipea.