Eleição apressada

TJ-SP escolhe candidatos para duas vagas na corte

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19 de dezembro de 2011, 13h07

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo escolheu seis candidatos para preencher duas vagas da advocacia na corte. O advogado Cesar Ciampolini Neto obteve 20 votos na primeira rodada de votação e encabeça a primeira lista. O advogado Pedro Alcântara da Silva Leme Filho ocupa o primeiro lugar da segunda lista, com 19 votos. Os nomes serão enviados ao governador do estado, que vai escolher e nomear os dois novos desembargadores da corte.

A advogada Mary Grün foi quem recebeu mais votos — foram 21 ao todo — porém, como foi votada apenas na quarta rodada, ocupará o terceiro lugar na primeira lista tríplice. O segundo nome será o de Maria Augusta da Matta Rivitti (15 votos).

A segunda lista é formada por José Costa Neto (18 votos) e Adem Bafti (13 votos), além de Pedro Alcântara da Silva Leme Filho.

Ainda nesta segunda-feira (19/12), os desembargadores votaram pela realização do pleito. A eleição foi motivo de disputa dentro do tribunal. O presidente eleito do TJ-SP, Ivan Sartori, pediu o adiamento da votação, pois, segundo ele, não houve tempo suficiente para que desembargadores examinassem cuidadosamente os indicados nas listas tríplices enviadas pela OAB.

O atual presidente da corte, desembargador José Roberto Bedran, concordando com Sartori, votou que a eleição deveria ser feita na primeira sessão em fevereiro de 2012. No total, a proposta de adiar recebeu cinco votos favoráveis. Os demais desembargadores votaram para que o pleito fosse realizado nesta segunda-feira (19/12).

Aliados de Ciampolini, que mais recebeu votos na primeira votação, haviam feito pressão para que a votação fosse feita o mais rápido possível, uma vez que está prestes a completar 60 anos, a idade-limite para ingressar no tribunal.

Segundo um desembargador contrário à votação acelerada, outro receio motivou a pressa do grupo que trabalha pela candidatura de Ciampolini: a Corregedoria-Geral do tribunal teria recebido um dossiê contra o advogado. A peça acusatória descreve o candidato como um litigante ativo. E relaciona um número enorme de processos de interesse de Ciampolini no próprio TJ paulista. Não apenas como advogado, mas como parte. Ao menos em um deles já se chegou à fase de execução.

Uma rápida pesquisa no portal do TJ-SP confirma que, de fato, o advogado é parte em 23 casos que se encontram na segunda instância e em mais 18 que ainda estão no primeiro grau. Como advogado, Ciampolini atua em 113 casos que também estão em exame no TJ. Na OAB, o advogado ganhou, disparado, como o preferido da classe, com 65 votos.

Veja abaixo as duas listas sêxtuplas, das quais saíram os nomes das listas tríplices:

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