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Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais deste sábado

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19 de dezembro de 2015, 11h55

A presidente Dilma Rousseff (PT) assinou na sexta-feira (18/12) a medida provisória que facilita os acordos de leniência entre as empresas envolvidas em denúncias de corrupção, como as investigadas na operação "lava jato", e a União. A MP desobriga as empresas de admitirem que cometeram irregularidade. Até então, esse era um dos critérios exigidos para a leniência. Só poderia fechar acordo a pessoa jurídica que admitisse “sua participação no ilícito”. O texto mantém, no entanto, a obrigação de a empresa cooperar com as investigações, fornecendo todos os documentos necessários para esclarecimento dos fatos. As informações são do jornal O Globo.

Só em 2016
Com a decisão do Supremo Tribunal Federal de invalidar o rito do impeachment adotado até agora pela Câmara, o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e as siglas de oposição buscam formas de driblar pontos e adiar o procedimento para um momento "mais adequado". Nenhuma votação ocorrerá na segunda e na terça-feira (21 e 22/12), os dois últimos dias antes do recesso parlamentar. A definição do novo calendário ocorrerá só a partir de fevereiro, quando começa novo ano legislativo. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Ativismo jurídico
Um dos signatários do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff que foi acolhido pela Câmara dos Deputados, o jurista Miguel Reale Júnior, acusou o Supremo Tribunal Federal de ter praticado "ativismo jurídico" a favor do governo ao aceitar a tese do Palácio do Planalto sobre o rito do processo. Ele também considera que a corte não seguiu o mesmo rito de impedimento de Fernando Collor. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.

“Decisão bolivariana”
Ainda segundo o Estado de S. Paulo, horas depois de o Supremo ratificar as decisões sobre o rito a ser adotado no impeachment da presidente Dilma Rousseff, o ministro Gilmar Mendes afirmou, em São Paulo, onde almoçou com amigos, que o tribunal se comportou de forma “bolivariana” naquela sessão. Ele disse concordar, de modo geral, com as críticas feitas pelo jurista Miguel Reale Jr. que afirmou que houve ativismo judicial.

Temer alvo
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reuniu indícios de que o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), recebeu R$ 5 milhões do dono da OAS, José Adelmário Pinheiro, o Leo Pinheiro, um dos empreiteiros condenados em decorrência do escândalo da Petrobras. A informação sobre o suposto pagamento a Temer está em uma das manifestações do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, que fundamentou as buscas da operação catilinárias, deflagrada na última terça-feira (15/12). O vice-presidente negou ter se beneficiado com o recebimento de qualquer recurso de origem ilícita. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Pedaladas do vice
Integrantes da equipe do vice-presidente da República, Michel Temer, pretendem recorrer às planilhas do Tribunal de Contas da União e do Ministério do Planejamento para demonstrar que o vice não feriu a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orçamentária na assinatura de decretos que abriram crédito suplementar de R$ 10,8 bilhões em 2015. Temer assinou no exercício da Presidência, entre novembro de 2014 e julho de 2015, sete decretos que abriram os créditos suplementares (R$ 67 bilhões) questionados. A prática é a mesma adotada pela presidente Dilma Rousseff e que consta, agora, como um dos principais motivos para o pedido de impeachment aberto contra a petista na Câmara. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.

Balcão de negócios
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, auxiliou a edição de medida provisória para beneficiar as empreiteiras envolvidas em obras para a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. Segundo a Procuradoria-Geral da República, o deputado recebeu R$ 1,9 milhão em duas parcelas, sendo a primeira de R$ 1,5 milhão. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, considera que a prática tenha transformado a Câmara em um "balcão de negócios". As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Defesa de Cunha
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, enviou ao Supremo defesa contra a denúncia de que recebeu propina US$ 5 milhões dos lobistas Júlio Camargo e Fernando Soares, o Fernando Baiano, para facilitar a contratação de dois navios-sonda da Samsung Heavy Industries pela Petrobras. Cunha nega que tenha recebido suborno. Segundo o advogado Alexandre Garcia Souza, responsável pela defesa do deputado, depoimentos usados pela Procuradoria-Geral da República para acusar o presidente da Câmara são inconsistentes. As informações são do jornal O Globo.

Indicações de Dirceu
O ex-presidente Lula disse em depoimento à PF que coube ao então ministro José Dirceu (Casa Civil) indicar diretores da Petrobras suspeitos de comandar o esquema de corrupção na estatal. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em depoimento à Polícia Federal, em Brasília, na última quarta-feira (16/12), que ficou fora do processo de escolha dos diretores da Petrobras suspeitos de comandar um esquema de corrupção na estatal. Ouvido como testemunha no principal inquérito da "lava jato" em curso no STF, que investiga crime de formação de quadrilha e atuação de políticos do PMDB, do PP e do PT, Lula disse que os diretores foram indicações políticas dos partidos e que apenas recebia as indicações a partir de acordos políticos. As informações são do jornal O Globo.

Dinheiro a Delcídio
O ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró afirmou em delação premiada à Procuradoria-Geral da República que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), no final de 2005 e início de 2006, o “procurava insistentemente” solicitando dinheiro para a campanha ao governo do Mato Grosso do Sul. Cerveró disse que, na ocasião, o petista soube da compra da Refinaria de Pasadena, nos EUA, e que diante das cobranças constantes de Delcídio acertou uma propina de US$ 2,5 milhões para o ex-líder do governo no Senado, comprometendo-se a repassar ‘parte de sua propina para o parlamentar’. Ele entregou US$ 1,5 milhão ao senador. Ficou devendo US$ 1 milhão. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.

Nova denúncia
A Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou o deputado federal Vander Loubet (PT-MS), o ex-ministro do governo Collor Pedro Paulo Leoni Ramos e mais três pessoas. Eles são acusados dos crimes de corrupção passiva, associação a organização criminosa e lavagem de dinheiro investigados pela operação "lava jato". As informações são do jornal O Globo.

Balanço concluído
Entre dezembro de 2014 e dezembro de 2015, os três desembargadores federais que integram a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região julgaram cerca de 300 recursos de investigados na operação “lava jato”. Mais da metade dos processos foi de Habeas Corpus, com pedidos de liberdade para os réus presos e exceções de competência. Dados divulgados pelo TRF-4 indicam que o número refere-se a recursos contra as decisões da 13ª Vara Federal de Curitiba, do juiz federal Sérgio Moro. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.

Saída da cadeia
O ex-banqueiro André Esteves deixou às 19h30 desta sexta-feira (18/12), o Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio. Ele estava preso na penitenciária Bangu 8 desde o último dia 25. Esteves teve a prisão pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo, um dia antes. Acusado por suposta tentativa de obstruir a operação "lava jato", Esteves saiu da cadeia, mas estará submetido a medidas restritivas impostas pelo ministro, como pedir autorização judicial para sair de casa e não conversar com outros envolvidos no caso. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.

Disputa societária
A família Odebrecht perdeu uma queda de braço contra os Gradin no Superior Tribunal de Justiça, em uma das maiores disputas societárias do país. Nessa sexta-feira (18/12), a maioria dos ministros decidiu que o impasse entre os herdeiros deve ser resolvido por arbitragem e não na Justiça comum, como defendiam os Odebrecht. A votação na 4ª Turma ficou empatada, porque o ministro Luis Felipe Salomão declarou-se impedido — no meio do processo, seu filho foi contratado pela Odebrecht Defesa e Tecnologia. Quem definiu em favor dos Gradin foi João Otávio de Noronha, da 3ª Turma, que substituiu Salomão. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Disputa comercial
Em decisão unânime, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (SP e MS) declarou a ilegalidade de prova oferecida em 2004 à Polícia Federal durante as investigações sobre uma disputa comercial envolvendo a Brasil Telecom e a Telecom Itália. A 11ª Turma do tribunal acompanhou o voto da relatora, desembargadora Federal Cecília Mello, determinando o trancamento da ação penal originada pela operação chacal, que investigou as privatizações no setor de telecomunicações no país. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Danos morais
A Justiça de São Paulo condenou a Sky em primeira instância a pagar indenização por danos morais e materiais ao produtor de cinema Raul Dória e à mulher dele, Andréa, devido a um assalto na residência do casal. A empresa com a qual a Sky terceiriza o serviço de manutenção também foi condenada. O roubo foi cometido por homens que se passaram por prestadores de serviço da empresa de TV por assinatura. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

OPINIÃO

Excesso do STF
Para o colunista Hélio Schawartsman, da Folha de S. Paulo, o STF carregou um pouco na mão na votação sobre o rito de impeachment. Uma contenção maior do que a demonstrada pela maioria dos ministros teria sido, segundo ele, o melhor meio de cumprir a missão. Para o colunista, o Judiciário deveria interferir apenas diante de violações muito flagrantes aos termos vagos em que o processo é descrito na Constituição.

“Papel de embrulho”
O colunista da Folha de S. Paulo Demétrio Magnoli avalia que o pedido de impeachment assinado por Miguel Reale Jr., Hélio Bicudo e Janaina Paschoal reduziu-se a “papel de embrulho” e que o ato de reciclagem aconteceu no STF, na quinta (17/12). Na avaliação dele, as decisões da maioria da corte encerram uma etapa e ilustram a profundidade da crise institucional à qual o país foi conduzido ao longo de 13 anos de lulopetismo.

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Noticiário Jurídico

A Justiça e o Direito nos jornais deste sábado

Autor

3 de dezembro de 2011, 10h19

Um advogado de Curitiba (PR) apresentou denúncia ao CNJ contra o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Ari Pargendler. O autor, Arnaldo Oliveira Júnior, encaminhou a representação à corregedora do CNJ, Eliana Calmon, que também é ministra do STJ. Caberá à corregedora decidir se acolhe ou não a denúncia. Ele pede que Pargendler seja investigado por atuar pela escolha de sua cunhada, a desembargadora Suzana Camargo, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, para uma vaga na corte. A informação é da Folha de S. Paulo.


Cabelereira absolvida
O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Rio Bonito absolveu na madrugada deste sábado, dia 3 de dezembro, a cabeleireira Adriana Ferreira de Almeida, apontada como mandante do assassinato do milionário da Mega Sena Renné Senna, em janeiro de 2007. A sentença foi lida pela juíza da 2ª Vara de Rio Bonito, Roberta dos Santos Braga Costa. A promotora de Justiça Priscila Naegele pediu a absolvição, por falta de provas, dos outros três acusados que estavam sendo julgados. O caso foi notícia na Folha de S. Paulo, em O Estado de S.Paulo e n’O Globo.


Mais remédio
Em quatro anos, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo teve quase dobrados os gastos com a compra de medicamentos e produtos diversos exigidos por determinação judicial, segundo noticiado no Estadão. Em 2007, o Estado gastou R$ 400 milhões para atender a 8 mil ações; em 2010 foram gastos R$ 700 milhões para 25 mil ações, de acordo com notícia do Estadão.


Com Grilos
O empresário Marcos Valério de Souza, pivô do escândalo do mensalão, foi preso nesta sexta-feira em operação da Polícia Civil da Bahia contra a grilagem de terras no Estado. Valério foi preso em Belo Horizonte, conforme noticiado na Folha de S. Paulo, no Estadão e no O Globo. Ele é suspeito de usar escrituras falsas de imóveis como garantias de pagamento de dívidas cobradas na Justiça. A operação policial baiana resultou na prisão de 15 pessoas na Bahia, em São Paulo e em Minas. No entanto, a prisão de Valério não deve durar muito, pois é irregular, uma vez que não existe prisão preventiva quando ainda se está averiguando. Além do que, os crimes pelos quais ele está sendo acusado estão prescritos, isto é, segundo a lei, mesmo se condenados eles não pegariam cadeia. Clique aqui para ler mais na ConJur.


Mandato incompleto
Em um ano marcado por profundas mudanças, o Tribunal de Justiça de São Paulo vai realizar na próxima quarta-feira (7/12) a eleição para os cargos de sua direção, segundo noticiado na Folha de S. Paulo. Escolhido em fevereiro para um mandato-tampão após a morte de Antonio Carlos Viana Santos, o atual presidente José Roberto Bedran deve ser reeleito com facilidade pelos 370 desembargadores do colégio eleitoral. Mas ele não irá completar o mandato de dois anos. Em julho de 2012, Bedran completa 70 anos e terá que se aposentar. Por isso a eleição de agora é vista como um teste para sua substituição.


Sem controlar
Na sexta-feira retrasada, promotores que contestam o convênio da Prefeitura com a Controlar conseguiram na Justiça bloqueio dos bens do prefeito, do secretário do Verde, Eduardo Jorge e de 13 empresários, entre eles Harald Peter Zwetkoff (Controlar). Todos negam as acusações, de acordo com notícia do Estadão. O MPE ainda pede que réus devolvam R$ 1,1 bilhão aos cofres públicos, além do encerramento do contrato com a Controlar e a devolução da taxa e da multas a donos de veículos. A Promotoria acusa Kassab de ter resgatado em 2007 uma licitação feita na gestão Maluf (1993-1996) para favorecer empresas que comprariam a Controlar quase dois anos depois.


Sem controlar II
O Ministério Público do Rio Grande do Norte denunciou ontem 34 pessoas sob a acusação de participar de fraudes na implantação da inspeção veicular no estado, segundo noticiado na Folha e no Estadão. Entre os denunciados estão os ex-governadores do estado Wilma de Faria e Iberê Ferreira, ambos do PSB, o suplente de senador João Faustino (PSDB) e o diretor-presidente da Controlar, consórcio responsável pela inspeção veicular em São Paulo, Harald Peter Zwetkoff.


Paralisação dos juízes
"Eles deveriam dar exemplo, mas os próprios juízes são a favor da algazarra." O desabafo da empresária Luzanira Rodrigues da Silva resume as reclamações ouvidas pela Folha em frente ao Fórum do Trabalho da Barra Funda (zona oeste de SP) na tarde de quinta-feira. Naquele dia, ela teve uma audiência adiada para fevereiro, em ação movida por um ex-funcionário. Para o advogado Nivaldo Felcar, o atraso está sendo causado pela greve no Judiciário. Em 19 estados, os servidores da Justiça Federal e do Trabalho pararam porque reivindicam aumento de salário e a aprovação de um plano de carreira. A informação é da Folha de S. Paulo.


Licenciamento Ambiental
A Justiça proibiu a Prefeitura de São Paulo de fazer o licenciamento ambiental de qualquer obra de grande porte, incluindo suas próprias construções e projetos urbanísticos. Dessa maneira, grandes promessas do prefeito Gilberto Kassab (PSD) que ainda não foram licenciadas, como a Nova Luz, o túnel de R$ 3,7 bilhões na Avenida Roberto Marinho e várias obras de menor porte deverão agora passar pelo crivo de órgãos estaduais. A informação é do Estadão.    


Metrô Congelado
Apesar de liberadas pelo Tribunal de Justiça na última semana, as obras de extensão da linha 5-lilás do metrô paulista seguem empacadas no trecho entre as estações Santa Cruz e Chácara Klabin. O motivo é a suspensão do projeto executivo nesse pedaço do empreendimento -num impasse que se arrasta na Justiça há três meses. A juíza Sílvia Maria Meirelles Novaes de Andrade, da 12ª Vara da Fazenda Pública, interrompeu a contratação do projeto executivo do lote 7.  A informação é da Folha de S. Paulo.

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