Ataque em condomínio

Juíza do Rio de Janeiro é morta a tiros em Niterói

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12 de agosto de 2011, 11h14

A juíza Patrícia Acioli, 47 anos, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ) foi morta a tiros no fim da noite da quinta-feira (11/8). Ela dirigia seu carro e se aproximava da entrada do condomínio onde morava, no Timbau, em Niterói, quando foi atacada. Ela estava sem seguranças. A Polícia acredita na hipótese de emboscada e crime encomendado. As informações são da Agência Estado.

Patrícia estava ao volante de seu Fiat Idea quando foi surpreendida por homens de toucas ninja, em duas motos e dois carros. Eles deram ao menos 15 tiros de pistolas calibre 40 e 45 contra a juíza, que morreu no local. A Polícia espera encontrar pistas em imagens gravadas pelas câmeras de segurança da portaria do condomínio.

Segundo o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Manoel Alberto Rebelo dos Santos, que foi ao local do crime, a juíza já havia recebido várias ameaças de morte. O nome dela estava em uma “lista negra” feita pelo criminoso Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso no Espírito Santo em janeiro deste ano. Ele chefiava uma quadrilha de extermínio que atuava em São Gonçalo e que teria matado pelo menos 15 pessoas em três anos.

Entre as decisões de Patrícia está a prisão de policiais militares de São Gonçalo que sequestravam traficantes e, mesmo depois de matá-los, entravam em contato com familiares e comparsas exigindo dinheiro para soltura. A juíza Patrícia também decretou a prisão preventiva de PMs acusados de forjar confrontos com bandidos, mortos durante a abordagem.

O carro da juíza foi transferido para perícia para a Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil da Barra da Tijuca, zona oeste da capital. Niterói também conta com uma DH, mas a transferência para o Rio foi pedida pela chefe da Polícia Civil, Martha Rocha. A perícia já foi feita na manhã desta sexta-feira (12/8).

A casa onde Patrícia morava é monitorada por câmeras, e um computador onde as imagens ficam armazenadas também já foi levado à DH para análise.

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