Advocacia fastfood ganha espaço na Inglaterra
2 de agosto de 2011, 12h44
Peixe grande 1
Quem tirou a advocacia dos escritórios e levou para as ruas na Inglaterra foi o grupo Quality Solicitors. A aliança foi formada em 2008 com o objetivo de ajudar as firmas de pequeno porte a sobreviverem ao mercado cada vez mais dominado pelos grandes. O grupo oferece aos advogados o seu nome e marketing para atrair clientes. Em troca, os escritórios pagam uma taxa anual. Outros dois grupos semelhantes ocupam uma fatia considerável do mercado advocatício inglês: High Street Lawyer e Lawyers2you.
Peixe grande 2
A união dos escritórios pequenos é uma preparação para as mudanças na advocacia inglesa esperadas até o final do ano. Vão entrar em vigor novas normas que permitirão que empresas de outras áreas sejam donas de escritórios de advocacia. Será a primeira vez no país que um investidor que não tem nenhuma ligação com a advocacia poderá ser proprietário de um escritório de advogados.
Corte fatal
Ainda sobre a onda de mudanças na advocacia inglesa, a maior associação sem fins lucrativos do país que oferecia serviços jurídicos para os carentes anunciou na semana passada que vai fechar as suas portas. A Law for All culpou o excesso de burocracia para conseguir financiar seu trabalho e os cortes já anunciados na assistência legal no Reino Unido. A ONG existe desde 1994 e atendia uma média de 15 mil clientes por ano. Foram nomeados administradores para dar continuidade aos casos ainda sob os cuidados da associação.
Mordida de cão
A Corte Europeia de Direitos Humanos condenou a Romênia por não cuidar dos cachorros vira-latas no país. Uma mulher de 71 anos, que foi mordida e ficou com sequelas, reclamou na corte a responsabilidade do governo por não garantir a sua segurança. Ao decidir, os julgadores ressaltaram que há cachorros soltos espalhados pelas cidades do país e que, por ano, milhares de pessoas são mordidas por eles.
Clique aqui para ler a decisão em francês.
Imposto sobre imposto
O Tribunal de Justiça da União Europeia decidiu que o imposto cobrado na importação de carros (ISV) por Portugal integra a base de cálculo do Imposto sobre Valor Acrescentado, o IVA português. Os julgadores consideraram que o ISV está diretamente ligado à entrega dos veículos ao país e, por isso, se encaixa no conceito de direitos aduaneiros, taxas e demais encargos que integram a base de cálculo do IVA.
Clique aqui para ler a decisão.
Guerra nas Estrelas
Os capacetes dos soldados imperiais da série de filmes Guerra nas Estrelas, de George Lucas, não são obras-de-arte. Foi o que decidiu na semana passada a Suprema Corte do Reino Unido, ao analisar processo em que a produtora Lucasfilm briga para impedir que o designer original dos capacetes continue fabricando e vendendo réplicas na Inglaterra. Para os juízes britânicos, o filme é uma obra-de-arte. Os elementos usados para fazê-lo, não. Na prática, quer dizer que os direitos autorais sobre os capacetes expiraram em 15 anos — o que não aconteceria se fossem considerados obra artística.
Clique aqui para ler a decisão em inglês.
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