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Venezuela vai libertar 20 mil presos para desafogar o sistema prisional

1 de agosto de 2011, 21h18

Por Redação ConJur

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A nova ministra do Serviço Penitenciário da Venezuela, Iris Varela, declarou que 40% dos 50 mil presos no país serão libertados. Segundo ela, a decisão foi tomada por "uma questão de justiça", pois há detentos que são acusados de delitos menores e não violentos e, portanto, não precisam ficar presos. Serão liberadas cerca de 20 mil pessoas, como informa a Agência Lusa.

Para Iris Varela, é necessário reduzir o número de detentos nas cadeias venezuelanas para solucionar o problema de superlotação das prisões. "Deram-me uma bomba, estou tentando desativá-la com a maior precisão possível para que o povo venezuelano tenha segurança. Não vou jogar lobos nas ruas", garantiu.

Ela prevê que até o próximo dia 15 vai elaborar um plano para "recuperar o controle" e "descongestionar" as cadeias venezuelanas. Segundo a ministra, na semana que vem, juízes, procuradores, defensores e militares estarão em prisões para acelerar o processo de libertação dos presos. Segundo dados do Observatório Venezuelano de Prisões, no ano passado 476 pessoas morreram e 958 foram feridas em prisões no país. A principal queixa é de brigas entre gangues formadas dentro dos presídios.