Deborah Guerner, promotora no DF, é presa pela PF
20 de abril de 2011, 12h45
A promotora Deborah Guerner foi presa na manhã desta quarta-feira (20/4) pela Polícia Federal. Ela, juntamente com o promotor Leonardo Bandarra, são acusados de se beneficiarem do esquema de corrupção conhecido como o mensalão do DEM no Distrito Federal. De acordo com as investigações, eles teriam exigido R$ 2 milhões para não divulgar um vídeo onde o ex-governador José Roberto Arruda aparece recebendo dinheiro do delator do mensalão, Durval Barbosa. As informações são do portal G1.
De acordo com o Ministério Público Federal no Distrito Federal, Deborah Guerner e o marido, Jorge Guerner, tiveram a prisão preventiva decretada com base em indícios de participação de ambos em outro esquema de corrupção em São Paulo. O objetivo da prisão, segundo o MP, é garantir a ordem pública e evitar que crimes continuem a ser cometidos. O MP informou que ainda não pode divulgar detalhes dessa nova investigação.
A promotora é acusada de fraude processual por ter supostamente simulado insanidade mental para não ser responsabilizada pelos crimes dos quais é investigada. De acordo com o MP, há provas, em vídeos e documentos, de que Guerner teria feito aulas de teatro para simular a loucura, além de outros artifícios. A denúncia será avaliada pela juíza Mônica Sifuentes do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que vai decidir se Guerner responderá por mais essa acusação.
A prisão
Segundo o advogado de Guerner, Pedro Paulo Medeiros, ela foi presa juntamente com o marido, Jorge Guerner, no Aeroporto Internacional de Brasília, quando ambos regressavam de uma viagem à Itália. A assessoria da PF, no entanto, informou que Deborah Guerner foi presa em casa.
Medeiros explicou que Deborah Guerner viajou para a Itália porque o marido tem negócios no país. Segundo o advogado, Jorge Guerner viaja uma vez por mês para a Itália.
Deborah Guerner está presa na Superintendência da Polícia Federal em Brasília por ter foro privilegiado. O marido de Guerner será encaminhado para o Complexo Penitenciário da Papuda. O advogado de Guerner disse que não teve acesso ao mandado de prisão, expedido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Ele afirmou, ainda, que sempre comunica ao TRF-1 quando ela e o marido viajam para o exterior.
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