Ameaça pública

Tragédia em Realengo antecipa campanha por desarmamento

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12 de abril de 2011, 10h34

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A tragédia na escola de Realengo, no Rio de Janeiro, em que 12 crianças e o atirador foram mortos, fez o Ministério da Justiça adiantar a campanha nacional do desarmamento para o dia 6 de maio. De acordo com o ministro José Eduardo Cardozo, um conselho de representantes do governo federal e da sociedade civil vai coordenar a campanha. As informações são da Agência Brasil.

A reunião do conselho está marcada para a próxima segunda-feira (18/4). Além de organizações da sociedade civil, entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil, o Conselho Nacional de Justiça, Conselho Nacional de Segurança Pública e o Conselho Nacional do Ministério Público deverão integrar o conselho. Segundo o ministro, a campanha não tem data para terminar e deve ser feita anualmente.

Nessa segunda-feira (11/4), Cardozo se reuniu com representes do Instituto Sou da Paz e da organização não-governamental Viva Rio, em Brasília, e disse que o governo tem discutido formas de acelerar o pagamento das indenizações, que demorava cerca de três meses nas outras campanhas. Segundo ele, "a demora do pagamento traz um desestímulo à população, que demora ou até desiste de entregar as armas".

Na última campanha, os valores das indenizações variavam entre R$ 100 e R$ 300 por arma. Este ano, as pessoas que entregarem munições também serão ressarcidas. Os valores ainda não estão definidos, mas cada munição deve valer centavos.

Na última campanha do desarmamento, feita entre dezembro de 2008 e dezembro de 2009, foram recolhidas mais de 40 mil armas no país. De acordo com a ONG Viva Rio, há 14,5 milhões de armas em circulação no país.

O desarmamento também está sendo discutido no Senado Federal. Nessa terça-feira (12/4), o presidente do Senado, José Sarney, vai apresentar proposta de um novo referendo sobre o desarmamento. O objetivo é debater um projeto de lei para ser feita nova consulta à população sobre a proibição da venda de armas de fogo no país.

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