Massacre em escola

Presos suspeitos de vender arma usada em Realengo

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9 de abril de 2011, 14h55

A Polícia do Rio de Janeiro prendeu neste sábado (9/4) o chaveiro Charleston Souza de Lucena e o segurança Isaías de Souza. Eles são suspeitos de vender uma arma a Wellington de Oliveira, que invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, matou 12 crianças e feriu outros estudantes na última quinta-feira (7/4). As informações são da Agência Brasil.

Os dois moram em Sepetiba, bairro da zona oeste do Rio, onde também morava Wellington, e foram presos pela Delegacia de Homicídios na noite de sexta-feira (8/4). Lucena prestou um serviço de troca de fechadura para Wellington quando ele se mudou para o bairro. Segundo a Polícia, o atirador teria perguntado ao chaveiro se ele conhecia algum comerciante de armas. Lucena teria recorrido a Souza para comprar o revólver calibre 32 usado no massacre da escola.

A Polícia informou que foi cobrado R$ 260 pela arma. Os dois suspeitos já têm passagens pela polícia por crimes como lesão e ameaça e tiveram sua prisão preventiva decretada pela Justiça na madrugada de sexta por venda ilegal de arma. Ambos disseram à Polícia que jamais teriam vendido a arma se soubessem que ela teria sido usada nesse crime. Souza disse ter seis filhos e quatro enteados. Já Lucena afirmou ter três filhos.

Ainda não foi identificada a origem do revólver calibre 38, também usado por Wellington de Oliveira nos assassinatos, pois a arma está com a numeração raspada. Segundo o titular da Delegacia de Homicídios, Felipe Ettore, que investiga o crime, a polícia continuará tentando identificar a origem dessa arma.

Ettore disse ainda que não haverá necessidade de fazer reconstituição do crime. Os policiais estão tentando traçar o perfil psicológico de Wellington de Oliveira para fechar a investigação.

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