Segurança obrigatória

PF deve garantir segurança de Durval Barbosa

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8 de abril de 2011, 0h04

O Superior Tribunal de Justiça determinou que a Polícia Federal volte a se responsabilizar pela segurança do delegado Durval Barbosa, delator do mensalão de Brasília. A volta da PF foi pedida pela subprocuradora-geral da República Raquel Dodge, que comanda o inquérito sobre o escândalo Caixa de Pandora. As informações são do site da revista Época.

Ao decidir, o ministro relator Arnaldo Esteves, considerou os evidentes riscos e os resultados obtidos com sua delação premiada, que motivou diversas investigações contra autoridades, mostra o tamanho do rombo nos cofres públicos e possibilita a recuperação do dinheiro desviado pelo esquema.

Durval entregou à PF uma coletânea de vídeos com cenas de políticos recebendo dinheiro de propina, entre eles o ex-governador de Brasília José Roberto Arruda, e em cerca 100 depoimentos, detalhou como funcionava o esquema de corrupção no governo de Brasília, na Câmara Legislativa e no Ministério Público do Distrito Federal.

Há 20 dias, a Secretaria de Segurança do DF informou ao Ministério Público que não cuidaria mais da segurança de Barbosa como tinha sido determinado pelo ex-governador Rogério Rosso no ano passado e era feito por 16 agentes da polícia civil. A Polícia de Brasília assumiu a tarefa depois que ele se recusou a sair de Brasília para morar incógnito em outra cidade para não ficar longe de seus dois filhos.

Por decisão judicial, até agora foram resgatados cerca de R$ 100 milhões, entre propriedades e dinheiro. Dentre eles, foi sequestado um empreendimento imobiliário com mais de 200 apartamentos e 80 lojas numa cidade-satélite de Brasília do qual Durval era sócio oculto, e terrenos, casas, lojas, apartamentos que Durval escondeu em nome de parentes de sua ex-mulher, um avião, um helicóptero e uma lancha.

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