Chuteiras penduradas

Desembargador Pellegrini despede-se do TJ gaúcho

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6 de abril de 2011, 17h34

Estúdio By Paz
Des. José Francisco Pellegrini - Estúdio By Paz

O desembargador José Francisco Pellegrini participou, nesta terça-feira (5/4), de sua última sessão na 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça gaúcho. Ele recebeu homenagens dos presentes. Pellegrini se aposenta, no próximo dia 7, após uma trajetória de 33 anos na magistratura. Participaram da sessão, o desembargador Carlos Rafael dos Santos Júnior e a desembargadora Mylene Maria Michel. Pelo Ministério Público, compareceu a procuradora Zuleika Pinto Vargas, que prestou homenagem em nome da instituição.

Em nome dos demais colegas de Câmara, o desembargador Guinther Spode destacou que a jurisdição do homenageado, ‘‘além de humana, e na incessante busca do justo, foi de vanguarda; muitas vezes, até mesmo havida como revolucionária’’. Ressaltou, ainda, que o magistrado sempre agiu com serenidade, segurança e cavalheirismo, mostrando exaustivamente que, se aquela decisão estava sendo tomada, certamente era a mais justa. Ao final, afirmou se considerar um privilegiado, pois foi aluno do desembargador Pellegrini. ‘Como colega de TJ, tive a oportunidade de aqui aperfeiçoar as lições malcompreendidas na primeira passagem.’’

Em agradecimento, Pellegrini confessou ser um momento difícil, em que se afasta de pessoas de cujo convívio lhe deu apenas prazer e de uma função que ainda o apaixona. ‘‘Parto para a aposentadoria, mas com ela não se vai minha paixão pela jurisdição, nem meu amor pela justiça. Continuarei sendo respeitoso admirador da atividade de meus colegas, honrado por ter integrado este prestigioso Tribunal da Justiça’’, afirmou o homenageado.

Ainda, observou que, durante sua atuação como julgador, sempre acalentou o sonho de um Poder Judiciário atento ‘‘às necessidades dos mais aflitos, dos pequenos, dos sem voz, dos injustiçados’’ Ponderou que se a Justiça privilegiar a aplicação da lei, ainda que injusta, certamente o processo será olhado sob a ótica dos mais poderosos. Por outro lado, se o juiz procurar fazer Justiça, então estará garantida a imparcialidade e, certamente, os mais fracos e humildes terão no Judiciário sua guarida. Lembrou que na 19ª Câmara Cível encontrou ‘‘o ambiente fértil na busca da realização da justiça, tal como sempre sonhei’’

Natural de Porto Alegre, ele se formou em Direito pela PUC-RS no ano de 1964. Ingressou na Magistratura em 1978, tendo atuado nas Comarcas de Espumoso, Tapes, Farroupilha, Montenegro e Porto Alegre. Em outubro de 1996, foi promovido ao Tribunal de Alçada e, em maio de 1998, a desembargador do Tribunal de Justiça. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-RS.

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