Sem regalias

Ex-colaborador de Gaddafi será levado à Justiça

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1 de abril de 2011, 2h54

Após abandonar o governo do presidente da Líbia, Muammar Gaddafi, ao renunciar ao cargo de ministro das Relações Exteriores líbio, Moussa Koussa será interrogado pela Justiça da Escócia. A Justiça quer ouvi-lo sobre o atentado de Lockerbie, em 1988, e a morte de uma policial, em 1984. A policial Yvonne Fletcher foi morta em frente à Embaixada da Líbia no Reino Unido. A notícia é da Agência Brasil.

Paralelamente, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, negou nesta quinta-feira (31/3) a possibilidade de a Justiça internacional oferecer imunidade a Koussa. Porém, segundo Hague, o ex-ministro líbio está "em um local seguro", não está detido.

Koussa é suspeito de ter participado do atentado contra o avião da companhia norte-americana Pan Am, quando sobrevoava a cidade escocesa de Lockerbie. A explosão matou 270 pessoas. O único condenado pelo atentado, Abdelbaset Al Megrahi, foi libertado por razões humanitárias em agosto de 2009.

Para analistas internacionais, a renúncia de Koussa indica que o governo líbio está fragmentado, sob pressão e se desfazendo. Koussa foi chefe dos serviços de informação de 1994 a 2009, antes de assumir a chefia da diplomacia líbia.

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